Capítulo 56: Uma Deliciosa Ilusão - Novo Mundo

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Nada pior que começar o dia recebendo a notícia de que o Conde Olaf seria o novo diretor e ainda ser chamado à direção. Ao entrar na sala ele foi direto ao assunto.

–Soube que esta tentando destruir esse mundo.

–O quê?! –Praticamente gritei.

–Exatamente o que ouviu. Você planeja partir esse mundo em pedaços e manda-los para seus lugares de origem, em outras palavras, destruir esse mundo.

–Como você sabe disso?

–Por que eu lembro de tudo –Suor frio escorreu por minha coluna.

–Do que esta falando?

–Estou falando do fato de que eu tinha um mundo inteiro sobre o meu controle, mas que ele foi devastado por uma doença, estou falando que me lembro que tentei fugir e recomeçar, mas você me impediu, que graças a você estou nessa cadeira de rodas! –Me lembrei do final da história, Conde Olaf tinha se jogado num portal, mas eu o segurei, metade do seu corpo já havia atravessado quando o portal entrou em chamas, então este era o motivo dele estar de cadeira de rodas nesse mundo! –Quando tudo se desfez pensei que era o fim, então do nada me vi como um simples trabalhador de um museu. Eu não havia morrido, mas estava condenado a uma vida medíocre. Tudo mudou quando o vi naquele dia, vi a oportunidade de recomeçar e para dar continuidade aos meus planos, não posso permitir que destrua mais este mundo!

–Eu não vou destruir esse mundo! Vou concertar as coisas!

–Dá no mesmo! Mas depois que sair dessa sala você não vai mais querer fazer isso, assim como eu, vai querer passar o resto de seus dias aqui –Mal sabia ele que eu já deseja isso, mas que não podia fazê-lo.

–Nada que você diga pode me fazer mudar de ideia, preciso salvar o multiverso.

–Por isso que não vou dizer, vou te mostrar.

Ele abriu uma gaveta e tirou de lá algo parecido com uma sanduicheira, fiquei confuso, por acaso ele iria me convencer fazendo um maravilhoso misto quente? Aquele não me parecia uma plano muito bom. Ele abriu o dispositivo e seu interior era nitidamente uma junção de magia e tecnologia. Uma pequena redoma de cristal com fragmentos de metal, o maior deles me lembrou o formato de...

–Isso é o que penso que é? –Perguntei arrepiado.

–Sim e não. Realmente se trata de fragmentos da sua Chave Mestra das Dimensões, mas ela não pode ser concertada, nem se quer possui fragmentos suficientes, a maior parte dela se desfez. Entretanto –Ele ligou o dispositivo e a redoma brilhou intensamente. Me levantei preparado para o ataque –Há ainda magia suficiente para o meu propósito.

A luz foi tão intensa que tive que fechar os olhos, senti o chão sumir sob meus pés e caí no que parecia um abismo. Pouco tempo depois senti a firmeza do solo novamente e antes de abrir os olhos ouvi uma voz conhecida falar:

–Comprou tudo que pedi? –Abri os olhos e a vi.

–Lucy?

–Me dá aqui –Disse ela tirando um saco de compras das minhas mãos. Ela estava diferente, cortara o cabelo curto na altura das orelhas, parecia mais velha, mas com a mesma cara travessa –Você demorou muito –Ela me deu um beijo na boca e eu sorri. Aquela era a primeira vez que a beijava naquele mundo, mas senti um gosto de saudade –Vai brincar com as crianças enquanto apronto o jantar.

–Crianças?

–Papai!

Me virei e levei um susto, um garotinho se jogou em mim abraçando minha perna, ele mal chegava à minha cintura, devia ter uns quatro anos. Ele falava dramaticamente fazendo caras e bocas, o que era muito engraçado, pois ainda não tinha todos os dentes. Me abaixei, ainda em estado de choque, ficando na altura de seus olhos, ele era lindo.

As Desventuras Sexuais de Dylan StarkWhere stories live. Discover now