𝑀𝒶𝒾𝓈 𝓊𝓂 𝒹𝒾𝒶 𝒸𝑜𝓂𝓊𝓂

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𝕼𝖚𝖊𝖗𝖔 𝖉𝖊𝖎𝖝𝖆𝖗 𝖈𝖑𝖆𝖗𝖔, 𝖖𝖚𝖊 𝖙𝖚𝖉𝖔 𝖖𝖚𝖊 𝖆𝖈𝖔𝖓𝖙𝖊𝖈𝖊 𝖆𝖖𝖚𝖎 𝖓𝖆𝖔 𝖋𝖆𝖟 𝖏𝖚𝖘 𝖆𝖔 𝖗𝖊𝖆𝖑, 𝖕𝖊𝖓𝖘𝖊𝖒 𝖆𝖕𝖊𝖓𝖆𝖘 𝖓𝖆 𝖋𝖔𝖗𝖒𝖆 𝖋𝖎𝖘𝖎𝖈𝖆 𝖊 𝖓𝖔𝖒𝖊𝖘, 𝖊 𝖆𝖑𝖌𝖚𝖒𝖆𝖘 𝖕𝖆𝖗𝖙𝖊𝖘 𝖉𝖊 𝖘𝖚𝖆𝖘 𝖕𝖊𝖗𝖘𝖔𝖓𝖆𝖑𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊, 𝖓𝖔 𝖉𝖊𝖈𝖔𝖗𝖗𝖊𝖗 𝖉𝖆 𝖊𝖘𝖙𝖔𝖗𝖎𝖆 𝖙𝖚𝖉𝖔 𝖘𝖊𝖗𝖆 𝖊𝖝𝖕𝖑𝖎𝖈𝖆𝖉𝖔.

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Assim que passo pela porta de casa, a mesma coisa de sempre, outra festa com aquele pessoal fudido do futebol de Hadson, além de que provavelmente a casa deve estar cheia de prostitutas, pelo caminho que eu fiz do carro até a porta da sala eu pude ver três pessoas deitadas do lado de fora, isso está horrível. Estressado vou em direção ao meu quarto e assim que eu abro uma surpresa, estavam fazendo uma puta de uma suruba.

- Vai querer se juntar com a gente, gato? - um dos homens ali me chama enquanto passeava suas mãos pelos meus ombros.

- Eu quero que vocês saiam do meu quarto. - falo enquanto olhava na cara das cinco pessoas ali presentes. - Agora.

Meu quarto estava uma merda, o cheiro de maconha era nítido, não é como se eu não gostasse de festas, mas parecia que o Hadson fazia com que eu odiasse festas, uma festa por semana é foda. Além de "não" ter dinheiro pra ajudar na casa, como ele mesmo diz, só sabe gastar com festas.

Começo a arrumar meu quarto, tirando o lixo pelo chão do quarto, e o edredom da cama, sabe se lá o que fizeram no meu quarto enquanto eu estava fora. Agradeço muito pelo meu quarto ter acústico e eu não poder ouvir nada que se passa do lado de fora, saindo do quarto eu percebo algumas pessoas me olhando pelo fato de eu estar carregando um edredom enorme. Qual era o problema dessas pessoas?

Minha vontade era de gritar com todos ele, mas eu sabia que não ia passar só de um grito e eu estou cansado demais para fazer essas coisas. Me jogo na cama, trilhando novamente um mapa de como arrumar mais dinheiro para sair dessa casa, mas não é como se eu não gostasse deles, ou algo do tipo. Eu me estresso demais com o jogador da casa, é provável que Chumbo e Lucas estejam enjoados disso.

Se eu quisesse poderia apostar que Lucas iria chegar em casa e gritar com todo ali, e é uma pena que eu não possa ouvir do quarto. Me assusto por uma reação inesperada, a porta do meu quarto foi aberta com tudo, levo meu olhar para o local, o Becker estava na porta, a expressão não era uma das melhor.

- Cozinha, estou esperando.

- Ta, já to indo mano.

Antes mesmo que eu pudesse terminar minha fala, a porta foi fechada, me sento na cama tentando pensar o que caralhos havia acontecido, era melhor eu ir antes que ele volte aqui e me jogue escada a baixo. Quando chego na cozinha estavam todos da casa sentados na bancada, encosto na pilastra próxima e encaro o loiro.

- Temos que resolver isso de uma vez por todas. - ele suspira colocando as mão no mármore - Não da mais pra ter festas aqui o tempo todo Hadson, porra eu fico de plantão as vezes quero chegar e descansar, mas desse jeito não da.

- Tu é o mais velho aqui, fica feio pra você mesmo. - Chumbo fala passando a mão pelo rosto tentando suavizar a expressão

Não comento nada apenas observo tudo absorvendo as coisas que eles falava.

- Tudo bem, eu sei que o que eu fiz foi muito errado. Mas eu não posso me divertir?

- Mano, em momento algum a gente falou que você não pode. - finalmente me pronuncio - O problema é que precisamos ter limites. Entende?

- Você pode fazer suas festas, ou sociais, mas saiba quando fazer, ou reserve um local que não seja a nossa casa. - Lucas coloca a mão no ombro de Hadson - Compreendeu?

O mesmo concorda, e eu começo a arrumar a cozinha, jogando os copos vermelhos e azul fora, havia louça pela pia também, olho pra cima tentando me acalmar. E la vamos nos de novo, além de trazer um bando de merdinhas pra dentro de casa ainda tem que deixar eles mexerem na louça de casa, muito bom senhor Nery

𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 5 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓲𝓸

Levanto da cama com o sol batendo no chão, o dia iria ficar quente, mesmo que de manhã tivesse neblina pela cidade - o que já era comum por aqui- já era de se esperar um dia ensolarado. De banho tomado eu envio uma mensagem para minha gerente a lembrando de que não iria hoje, mesmo que eu tenha avisado a ela era melhor eu lembra-la, nunca se sabe.

Me apresso em descer as escadas pulando alguns degraus, encontro os três homens tomando café junto, isso é uma raridade por aqui, tomo um copo de suco de caixinha,qual eu não fazia a menor ideia da marca, mas o sabor parecia algo como laranja ou limão, talvez tangerina. Encho minha boca com alguns biscoitos, já me preparando para sair de casa.

- Tá indo trabalhar? Não quer carona? - Lucas pergunta ainda comendo

- Não, vou trabalhar hoje - respondo ainda com os biscoitos na boca.

Era o terceiro local que eu entrava só hoje, os outros dois haviam me dito a mesma coisa; " não aceitamos funcionários de meio período", eu até entendo ele, mas puta que pariu. Qual o problema de meio período? Uma mulher se aproxima de mim, provavelmente era a gerente do local, a mulher era bonita, alta e morena, diria que tem a minha altura.

Novamente um não, tudo bem que dessa vez a mulher havia sido mais tranquila comigo, teve a paciência de me explicar o por que não poderia aceitar alguém com meio período e por que era difícil aceitarem, se tivesse uma emergência e precisassem de mim, talvez a culpa viria sob mim. Atravessar a rua parecia bem mais legal do que ficar irritado, um boate a minha frente e, estava aberta.

- Por favor, meu deus que pelo menos ali alguém me atenda. -suspiro olhando para cima.

Entro no local meio desnorteado sem saber o que fazer, havia uma mulher próxima a uma porta e começava a andar de um lado para o outro quando finalmente percebeu a minha presença. Ela se aproximou de mim, estava usando um salto pelo barulho que ecoava no local.

- Pois, não? - ela fala quando está a uma certa distancia ainda se aproximando. - No que posso te ajudar?

- É que... - encaro o local - Eu queria saber se vocês tem vaga para meio período?

- Você seria?

- Felipe, Felipe Prior.

- Olha Felipe, eu não sei, mas acho que temos como garçom, creio que você ja imagine que nossos horários são a noite. Bom eu estou resolvendo algumas coisas agora, mas se quiser me passar o seu número eu posso arrumar um horário e conversamos melhor sobre. O que acha?

Paro pra pensar um pouco, e percebo que talvez aquela seria minha unica opção, estava quase soando como um "é pegar ou largar". Que seja assim.

- Por mim tudo bem.

Passo meu numero de celular para a mulher que eu descobrir se chamar Ana, me despeço e finalmente posso voltar pra casa sabendo que eu tenho um emprego um pouco melhor. Eu sabia que essas boates, ganham dólares e mais dólares, agora o que me falta e me aliviar por saber que eu vou poder ter meu próprio apartamento. 

𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎Where stories live. Discover now