Quando desapareci de mim, você surgiu. Chegou calado,levantou com dificuldade, olhou e saiu para fumar um cigarro. Você parecia conhecer todas as pessoas através do olhar ou só pelo tocar de mãos e guardar o que queria guardar. Eras chuva quando deverias ser Sol e Sol quando deverias ser chuva e isso te marcava além do sobrenome.
Tua vida era livro semi-aberto. Havia um contexto de luta e caos, a cada página permitida. Eras preciosidade em pé e saudade de final de semana que parecia nunca passar. Quando passou, nenhum deles tinha mais gosto de barco parado na beira da praia. Por um longo momento, você queria que você visse, ouvisse, uma única vez, que também estava aprendendo a ser Sol em dias de chuva. A falta que você faz sempre rebate com os dias que você nunca deixou de ser.
A sua parte deixada nas pessoas, nunca será preenchida por outro Sol ou Chuva, porque ambos são partes pertencentes, unicamente, a você.
Por favor, continue sendo mar entre as nuvens
Poeira que nunca sai
Sol que some a noite
E retorna como Lua
Chuva que acalma ao ser tocada na pele
Ao lado de quem te quer bem
Desde que nascestes na Terra
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OPIA- a arte de tirar de si
Poetry(...) Opia são todos os dias em que eu busquei refúgio em mim mesma, misturada a todas as lágrimas e crises que compuseram meu ósseo por anos. Há medo por todos os lados, mas a melhor parte sobre ser petrichor é que o cheiro da terra molhada dura m...