Você fechou os olhos e eu soube, naquele instante, que não os veria abertos novamente.O choro não veio, o sono passou para o quarto ao lado, o Sol de tão triste, decidiu virar noite em dia, o mar quando soube, fez de suas ondas algo para chorar e o céu foi forte o suficiente para azular ou cinza. Então, as árvores me fizeram observar as pequenas coisas que havia em você. O orvalho das flores respinga em meus pés descalços na intenção de puxar-me para o ninho de pássaros que acabara de ser criado. Você voava constantemente só para me lembrar do quanto as coisas mais simples da vida, valem o ouro que a prata não compra. Na primavera, as flores e seu encanto eram a mais bela de qualquer jardim. No inverno, viravas chuva e não paravas até que o sentido do sentir virasse a curva do arco-íris. No caos, eras semente e na vida, poderia ser o que quisesse ser, porque a lembrança da tua vida era sagrado, assim como a areia levada ao pó pelo vento de uma infinita praia que remove as montanhas com todo cuidado.
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OPIA- a arte de tirar de si
Poetry(...) Opia são todos os dias em que eu busquei refúgio em mim mesma, misturada a todas as lágrimas e crises que compuseram meu ósseo por anos. Há medo por todos os lados, mas a melhor parte sobre ser petrichor é que o cheiro da terra molhada dura m...