Capítulo 18 - Então, você me ama?

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DAHYUN
MAIO DE 2020
Alguns minutos antes

- Unnie, você viu o Chanyeol Oppa? - entro no camarim correndo, o coração acelerado. Nayeon esta sentada de frente para o celular, na telinha vejo D.O Oppa e aceno pra ele.

Nayeon Unnie bufa, parecendo zangada.

- O que você ainda quer com ele?

- Minha coelhinha... - D.O Oppa fala com uma voz de pai - fique tranquila.

- O que está acontecendo? - pergunto confusa. Ela parece estar zangada, ele parece decepcionado - Cadê o Loey?

- Dubu - minha Unnie diz, o rosto vermelho denuncia que está tentando controlar seu temperamento - eu te amo, mas não vou te dizer onde ele está.

Não posso acreditar que ela está tão chateada comigo, mas ao mesmo tempo entendo que demorei demais, que o fiz esperar demais. Decido correr pra fora do camarim, não podia ficar esperando ele aparecer. Precisava falar com ele, naquele exato momento.

Corro pelos corredores, até chegar ao estacionamento. Nada. Nenhum sinal dele. Como um cara tão grande some do mapa assim? Ele foi embora sem falar comigo? Meus olhos começam a arder, então engulo o choro e decido procurar no jardim da emissora.

Esse lugar é enorme, mas meu Oppa também e logo reconheço suas pernas penduradas à distância. Me aproximo devagar, sentindo minha respiração ficar pesada. Ansiedade, medo, desejo, tudo misturado. Seu braço está apoiado sobre o rosto, quando me aproximo. Observo por algum tempo seu peito subir e descer, os lábios torcidos em um beicinho. Ele é tão fofo que quero mordê-lo.

- Para um cara grande, você se esconde bem, Oppa. - e ele se senta rapidamente, parecendo um robô, e se vira em minha direção. A carinha que ele faz de confuso me impulsiona a dar um passo à frente. - Andei pelo estacionamento por um tempão procurando você, e nada! E a Nayeon Unnie nem quis me ajudar também... Ela tá bem zangada comigo e nem sei o porquê!

Isso é mentira, eu sei por que. Ela tomou as dores do Loey. E, tudo bem, eu mesma também tomei.


- Hum... - ele murmura apenas e me sinto ainda mais ansiosa. Ele também está zangado comigo?

- Ei! Que caladão! No que está pensando? - me forço a sorrir, não posso desistir agora, toco sua testa com as mãos, esse simples contato já arrepia minha pele.

- Em... Você... - meu coração esquenta ao ouvi-lo.

- Você é tão fofo, Loey Oppa - meu sorriso deve estar enorme, sinto as bochechas doerem quando me sento em seu joelho e apoio minha cabeça em seu ombro. Amo o fato de ele ser tão grande. Me sinto segura assim.

- Da-Dahyun o que...? O Jooheon? - é o que ele solta e outra onda de culpa me atinge. Então era isso, ele achava que eu não o havia escolhido, mesmo estando ali, mesmo sentada em seu colo.

- Ah sim - preciso ser direta, mas me sinto nervosa - fui vê-lo quando desliguei o telefone. Me desculpe por aquilo... Eu fiquei muito nervosa. Me senti... Sufocada de repente. Mas... ele estava bem nem parecia que fazia tanto tempo que não se apresentava, não é?

Ele espera. Continuo a falar, enquanto sinto o cheiro bom que ele exala.

- Também fui me desculpar com ele pela confusão que causei e expliquei a ele que gostei dele por muito tempo, mas que agora... - toco seu peito, está igual ao meu -Seu coração está tão acelerado.

Não posso conter mais esse impulso, e o beijo. Um toque suave no começo, lábios entreabertos, o calor dele vindo pra mim. Mas então suas mãos me puxam mais pra perto, estou realmente sentada em seu colo agora. Se alguém nos visse aqui, estaríamos ferrados, mas não consigo me preocupar com isso, só quero que o mundo pare pra que a gente fique assim pra sempre.

Sinto uma das suas mãos em meu pescoço fazendo carinho, enquanto seus lábios se tornam mais urgentes contra os meus. Nossas respirações pesadas se misturam e me sinto tonta. Ele é tão carinhoso e intenso agora como foi em nosso primeiro beijo e me sinto tão feliz. Tudo nele é certinho pra mim. Eu preciso dizer a ele, eu preciso.

- Eu te amo - sussurro, afastando meu rosto e roçando seu nariz de leve com o meu. Seus olhos encontram os meus. Eles parecem embaçados por alguns segundos, até que se focam e um sorriso enorme toma conta do rosto dele.

- Se isso for um sonho, não me acorda.

- Oppa - envolvo seu pescoço com meus braços, sentindo meu rosto corar - Você não para de me deixar nervosa com as coisas que diz.

- Eu te deixo nervosa? - sua voz soa ainda mais grave em meus ouvidos - Desde quando?

- Desde que nos conhecemos, desde o começo - sorrio, fechando os olhos - com a atenção que me dá e as cantadas de velho.

- Ei! - tenta parecer zangado quando me encara, mas seu sorriso e o meu permanecem intactos - Eu sou um poeta, você sabe.

- Humrum... Sei.

- Você fica toda rosinha quando escuta minhas "cantadas de velho" que já percebi.

- Não posso negar.

- Além do que... Você me escolheu, não é?

- Não se tratava de escolher - digo, voltando a deitar em seu ombro - mas sim de perceber. Eu estava nessa com o Honey Oppa desde muito nova, me acostumei a pensar que gostava dele, as coisas mudaram devagar e nem vi. Sempre me senti à vontade com você, sempre...

- Sempre...? - ele me encoraja a continuar.

- Ai... - cubro meu rosto vermelho - não sei por que me senti envergonhada derrepente - minhas mãos voltam ao rosto dele - eu sempre me senti... Atraída por você. Achava que era isso, na verdade. Sempre foi... Desconfortável passar muito tempo sem te ver, sentia tanta saudade, e eu sinto...

Ele espera. Seus olhos brilham com as lágrimas que formam ali. Ele me ama mesmo, posso ver. Que alívio. Que bom que não perdi minha chance.

- Sinto muito ciúme de você - ele dá uma risadinha e me sinto feliz de dizer - sempre senti. Além de ter... Pensamentos curiosos às vezes.

- Pensamentos curiosos?

- Humrum - aceno - mas boa parte deles já foram sanados, sabe. Tipo... Enfim. Não vamos falar disso hoje ou morro de vergonha... Não ria de mim, Oppa!

- Não estou rindo de você, só estou feliz.

- Eu também, Oppa. Me desculpe fazer você esperar tanto eu...

Ele toca meus lábios com o polegar.

- Eu disse que esperaria. Eu estava esperando. Claro que hoje eu saí um pouco das regras e pedi atenção - a mão dele cobre todo o lado do meu rosto, mas é suave e carinhosa - e talvez, eu estivesse planejando fazer alguma bobagem em nosso encontro...

- Bobagem?

- Sim...

- Que tipo de bobagem? - sorrio, provocando. Meu Loey Oppa também sorri.

- Vem cá, vou te mostrar - e ele me beija como se fôssemos as únicas pessoas na terra.

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NOTA DA AUTORA:

Oiiiii Maravilindos 😍💕
Capítulo fofinho para a autora reaparecer 🙋 Estamos à dois capítulos do fim!
Estou amando terminar a história da Dubu assim. Nos ensina que às vezes precisamos nos conhecer bem e conhecer nossos verdadeiros sentimentos.

😔 Filosofei.

Espero que estejam bem e seguros. Se cuidem bem, please!
Nos vemos em breve 💕😎

You Make Everything AlrightWhere stories live. Discover now