15.You confuse me

2.2K 275 116
                                    

Adentrei o dormitório, batendo a porta atrás de mim. Joguei minha mochila na beira de minha cama, me jogando na mesma em seguida. Coloquei o travesseiro atrás de mim para que pudesse me encostar na parede mais confortavelmente, e é claro, acendi um cigarro. Eu precisava me livrar desse sentimento de ansiedade.

Ainda não compreendo como eu quebrei o coração de Felix, Hyunjin disse que eu briguei com ele noite passada e que o deixei triste, mas pelo que eu me lembro, passei a noite no dormitório com os meninos. Eu só queria conversar com o loiro, saber como ele está sentindo, o que exatamente aconteceu, conseguir me desculpar por seja lá que merda eu fiz, me desculpar por ter fugido naquele dia, jogar as cartas na mesa e quem sabe, resolver essa situação que por algum motivo me incomoda tanto. Eu queria poder consertar isso, mas Felix me odeia agora.

Escutei o barulho da porta abrindo-se e se fechando, mas nem dei atenção.

— Onde você esteve? Nós ficamos preocupados. – Jeongin pronunciou em tom bravo, levando suas mãos até a cintura.

Observei-o enquanto traguei o cigarro e soltei a fumaça lentamente depois de segurá-la um pouco em meus pulmões, sem tirar os olhos do meu colega de quarto.

— Eu fui pro estacionamento com Hyunjin, e depois que ele me bateu, o Felix apareceu lá, eles foram embora, e eu vim pra cá.

— Oh céus, Hyunjin te bateu? – Jeongin disse preocupado, sentando-se ao meu lado na beira de minha cama, aparentemente um pouco incomodado com a fumaça, e eu apenas assenti. — Quantos cigarros você já fumou?

Dei de ombros, novamente respondendo-o silenciosamente. O pequeno puxou o cigarro de minha mão, apagando-o no cinzeiro junto com os outros que estavam lá.

— Me deixe ver isso aí. – segurou em meu rosto, colocando o polegar sobre o local machucado, e eu grunhi baixo. — Dói?

— Sim, bastante na verdade.

— E você não fez nem um esforço pra limpar esse machucado horrível na sua cara? Essas crianças viu.

— Ei, eu sou mais velho que você! – retruquei, e Jeongin deu um tapinha em minha cabeça.

— É mais velho, mas imaturo!

Cruzei os braços ao ouvir a fala do menor, e ele apenas ignorou meu ato, caminhando pelo quarto e pegando algumas coisas, uma bolsa de gelo e o kit de primeiros socorros. Depois sentou-se ao meu lado novamente, colocando a bolsa sobre a maçã do meu rosto.

— Segura. – mandou, e eu nem sequer respondi, apenas segurei o objeto sobre o local.

O pequeno pegou um pedaço de gaze e espirrou soro fisiológico, logo, aplicando sobre o machucado ao lado de meus lábios, repetindo o ato algumas vezes até que o local estivesse limpo, e então colocou um pequeno band-aid ali.

— Prontinho! – pegou a bolsinha de gelo de minha mão, levantando-se para guardar tudo. — De nada.

— Obrigado, Innie. – respondi, o esperando voltar para que pudesse abraça-lo e deixar um beijinho em sua bochecha. — Eu não sei o que seria sem você.

— Own que fofo... eu também não sei o que você seria sem mim!

— Que engraçado você hein. – dei a língua para o mesmo, que riu baixo e subiu para sua cama.

E cada um ficou na sua, In foi fazer suas tarefas enquanto eu pensava em toda essa merda que está acontecendo na minha vida. É complicado, eu fiquei essa semana toda tentando entender por que não consigo parar de pensar nisso e culpando Felix por ter me beijado, mas quem realmente estragou tudo fui eu. Fui eu quem fugiu ao invés de esclarecer as coisas, e eu me sinto horrível por isso, mas de qualquer forma, no fundo, eu sinto que mesmo se tivesse ficado não conseguiria dizer nada a ele, não conseguiria explicar essa... essa coisa que eu sinto.

Eu não consigo falar sobre... mas quem sabe eu consiga escrever! Por que não? Se eu conseguir colocar meus sentimentos em uma música, talvez consiga compreendê-los.

E está aí, é como passarei as próximas horas em meu mundinho!

[...]

O relógio marca exatamente 7:38, e eu havia escrito bastante, entretanto, gostaria de arrumar muitas coisas na música em si, e a única parte que está realmente perfeita ao meu ver é o refrão.

— Hey Innie... Ei, Jeongin! – chamei o pequeno, mas ele não pareceu me escutar, então decidi dar uma olhada... e, fones de ouvido, óbvio. — Jeongin!

Cutuquei o garoto, que pausou sua música e tirou os fones com certa raiva em sua expressão.

— O que é tão importante para que você me interrompa no meio de Chlorine?

— Eu escrevi uma música, pode analisar e me dizer o que você acha?

— Posso, sobe aí.

Sorri, peguei meu caderno, meu lápis e subi as escadas, me sentando em sua frente na cama e lhe entregando o caderno.

— Quero mudar bastante coisa ainda, só o refrão que está ótimo em minha opinião.

— Hm... eu gostei bastante da primeira parte também, e o refrão está realmente perfeito, pode cantá-lo para mim?

— Claro! Eu pensei no ritmo mais ou menos assim... Inside my head too many questions, just got me thinking what's my question... Hey, tell me what you want. – cantei, estralando meus dedos na sonoridade que criei para a música.

— Eu achei ótimo Changgie, mas essa música é sobre o que exatamente? Confusão?

É isso.

Felix me causa confusão.

Esse é o sentimento o qual, não sei por que, demorei tanto para saber nomear, o que o garoto e sua amizade sempre me fizeram sentir.

— A-ah... Changbin? –escutei a voz de Jeongin me chamando, passando a observar sua face.

Me aproximei do menino, abraçando-o e deixando um beijo demorado em sua bochecha.

— É isso Innie, é exatamente isso.

E aí galera, tudo bom? É, eu atrasei uma hora como de costume né kkkk, mas aqui estou.

Gente, chegamos em 3k de views, e eu queria perguntar uma coisa. O que vocês acham de fazer um especial Changlix da noite da festa? (Comentem aqui).

Realmente espero que tenham gostado do capítulo, quarta-feira eu volto! Não esqueçam de comentar o que acharam e do fav, isso é muito importante pra mim! Beijos 💖

Straight  ༄ changlixWhere stories live. Discover now