28. Freedom

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Assim que cheguei no dormitório puxei meu celular do bolso, digitando uma mensagem para o loiro com um sorriso enorme, simplesmente não conseguia conter minha felicidade por ter uma segunda chance.

— Humm, pelo visto a conversa foi boa. – assustei-me ao escutar a voz de Jeongin, que tinha o queixo apoiado no punho fechado e me olhava com uma expressão convencida.

— Céus Innie... – pronunciei em um suspiro, levando minha mão até o coração — Achei que ainda estivesse dormindo.

— Acordei faz uns vinte minutos, já são 12:00 né. – deu de ombros, como se a informação fosse óbvia.

— Mas hoje é sábado.

— E daí?

— Geralmente você acorda tarde aos sábados.

— Tá tá, vamos ao que interessa. – franziu as sobrancelha, se encostando na parede e entrelaçando suas mãos em seguida — Eu quero saber absolutamente tudo.

— Bem... – me sentei no puffy que havia na frente de nossa cama, cruzando as pernas e soltando uma lufada de ar antes de iniciar — Foi tudo perfeito, eu consegui dizer o que pensava apesar da ansiedade, e nós nos resolvemos! Ele me deu outra chance e vamos recomeçar.

— Ah meu Deus!!! Eu estou tão feliz por você! – o garoto disse animado enquanto balançava as mãos, a ponto de surtar pelo fato.

— Também estou Innie, Felix é tão importante para mim... – respondi, sorrindo bobo com as lembranças de algumas horas atrás.

— Não é só por isso que estou feliz Chang, você finalmente está se aceitando! E não há sensação melhor do que ser quem você é e não se preocupar com mais nada.

— Você está certo... mesmo que eu não saiba exatamente minha sexualidade, eu estou muito melhor por apenas deixar isso tudo livre, sabe?

— E foi duro pra você se libertar hein? Sei bem como é, mas a partir de agora não quero que esconda o que sente, ou que pense estar sozinho em qualquer outra situação! – o menor falou com convicção e certamente bravo, como se estivesse me passando um sermão.

— Okay okay... – pronunciei dentre uma risada — Eu juro que vou te contar qualquer coisa que esteja sentindo, mesmo que não saiba o que é.

— Ainda me surpreendo com isso. – soltou um riso pelo nariz, negando com a cabeça — Tsc tsc tsc... como não percebeu o que sentia antes Bin?

Encostei-me na parede atrás de mim, franzindo o cenho e pensando sobre o assunto.

— Eu não sei... acho que foi principalmente porque cresci numa família bem tradicional, minha vó sempre me disse que isso era pecado e essas coisas.

— Faz sentido... você nunca me fala muito da sua família.– senti um frio na barriga ao escutar a frase do mais novo, eu não pensei que algum dia ele iria me perguntar isso.

— A-ah eu... não costumo falar muito sobre eles. – disse seco, analisando o outro apenas assentir.

Um silêncio pesado se estabeleceu no local depois disso, talvez por meu receio de dizer algo sobre minha família, já que eu não gostava de falar sobre ele, e sinceramente, nem de lembrar. Eu pensei em dizer alguma coisa para quebrar este clima, entretanto esse desconforto não durou muito tempo já que quando eu estava prestes a pronunciar a primeira palavra, escutei uma batida na porta.

— Está esperando alguém? – questionei com uma face confusa, sendo respondido com um balanço de cabeça negativo vindo do menor.

Levantei-me e fui até a porta, girando a chave apesar de ainda achar estranho, e não me surpreendi ao dar de cara com um Bang Chan furioso em minha frente.

Straight  ༄ changlixWhere stories live. Discover now