XXIII. Twenty-Three

201 22 1
                                    

Já ouviu falar de carma?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Já ouviu falar de carma?

Tudo que você faz de bom ou de ruim, volta para você de alguma forma maluca.

Eu meio que não sei se isso é verdade sabe, mas uma coisa eu sei, alguns carmas são pesados!

Engulo seco.

- Abre a porta Chris. - ele nega. Coloco as mãos sobre minha garganta. - Se aproxime e tiro minha vida. - ele começa a rir.

- Não vai dar tempo. - sorrio.

- E se eu morder minha língua e engolir? - ele fica sério e seus ombros caem.

- Eu não vou lhe tocar. - ele afirma e sorri timidamente. - Quer que eu coloque as luvas? - Assinto e ele me encara sério. "Manipulador..."

- Você está mentindo! Se tentar algo, vou fazer isso. - ele assente e levanta os braços.

- Acredito nisso meu bem... Não sou estúpido. - Assinto.

- Quanto tempo até Helena acordar? - ele sorri.

- Uma meia hora. - ele fecha os olhos e torce o pescoço, as raias negras aparecem e ele abre a boca, vejo os caninos crescerem e engulo seco. "Merda..." Ele abaixa a cabeça e solta as luvas no chão. Recuo e bato contra a parede de vidro.

- Christopher? - ele permanece parado.

- Preciso me alimentar novamente... Vou sair daqui. - ele diz e se vira destrancando a porta, noto que está trêmulo. Ele sai do quarto apressado e fico parada olhando a porta escancarada. Caminho em direção a porta e olho para o guarda-roupa, caminho para perto e abro uma das portas, pego uma das botas e calço apressadamente, saio do quarto e desço as escadas tentando não fazer barulho. Olho em direção a cozinha e arregalo os olhos.

Tem bolsas de sangue descartadas por toda a cozinha e ele está escorado na pia, de costas para mim, parecendo usar outra. "Qual o tamanho da fome dele?!" Olho em direção a biblioteca e caminho silenciosamente em direção a ela, antes que eu consiga entrar, Drak para a minha frente e ofego. Ele para de apertar a bolsa de sangue que está chupando como se fosse geladinho.

- Não quer entrar aqui. - ele diz e me encara com seus penetrantes olhos vermelhos.

- Está né fazendo prisioneira? - ele nega.

- Não. - ele passa a língua pelos lábios e a boca fica mais carmim ainda, por conta da coloração do sangue. Engulo seco. - Ainda estou com fome e sua teimosia não ajuda ... Fica lá em cima, é mais fácil resistir a você. - olho para a mão dele e encaro a bolsa de sangue.

- Você precisa me deixar sair... Você já me machucou outras vezes Chris...

- Não vou mais... Aprendi a me conter, é culpa do sangue do Werewolf... Eu nunca te machucaria por querer. - ele diz e volto a olhar para seu rosto. Levo a mão ao seu rosto e toco as raias negras, ele fecha os olhos e parece se conter.

CURA-ME (PAUSADO) Where stories live. Discover now