Capítulo-4

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04/ Julho/1525.

Caro amigo dom Juan!

Venho aqui lhe comunicar que vosso primo está enlouquecendo! Ouvir boatos de pessoas confiáveis da corte, que a noite ouve seus gritos no castelo. Dizem que ele grita com seu pai o rei Carlos II já falecido há anos como sabemos. Eu como mero servo do servo estou aflito meu amigo! Peço humildemente que venha visitar seu primo, ou me aconselhe a como poderei ajudar o meu amado rei!

Duque de villar.


O rei infeliz sentado em seu trono, de cabeça baixa, murmurava coisas ao vento. Os súditos não estavam entendendo direito oque estava acontecendo com ele. Alguns cochichavam no salão "O rei está louco", "o rei anda conversando com os mortos e com demônios", "acho que por isso que as coisas não estão boas, ele fez pacto com o diabo, e agora o diabo está cobrando de nós". Ninguém entendia direito as coisas que estavam se passando dentro daqueles muros, dentro das casas, dentro do palácio, nem mesmo o rei entendia oque estavam acontecendo. O diabo estava lá dentro com eles e o rei fez pacto com ele, na verdade todos fizeram e fazem pactos com ele, só que ninguém percebeu que o diabo nunca foi o da bíblia e sim o diabo que vive dentro dos homens.

A cada minuto que se passava dentro daquele reino era como uma das trombetas do apocalipse tocasse. A fome nos condados menores já estava consumindo tudo, a guerra batia nos portões de hora em hora esperando a hora certa que elas caíssem e ela pudesse entrar com tudo levando consigo o fogo e suas mazelas.

Dizem que alguns lordes fugiram durante a noite com medo das coisas que estavam por vir, outros dizem que foi o rei em toda sua insanidade que mandou seus guardas os matarem, com medo que eles fossem os responsáveis por incitarem a revolta do povo, e com os boatos da carruagem da carruagem que rodava nas madrugadas deixava essa hipótese que o rei estava fazendo isso ficava cada vez mais forte, e na visão da plebe não ia demorar muito pra que o rei começa-se a carregar não só mais os lordes, mas os plebeus juntos. E quem poderia culpa-los por pensar isso? Ninguém! As coisas estavam indo, como fosse um veneno espalhado no ar, não tinha nada que pudesse parar tudo aquilo que estava por vir e tentar parar seriam idiotas, era como tentar segurar a luz na mão, ninguém tinha culpa, ninguém era herói ou vilão, culpado ou inocente, eram todos areias na ampulheta caindo pouco a pouco, marcando cada minuto que resta para os cavalheiros invadirem.

SENTIMENTO DE UMA NAÇÃOTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon