O peso de ser um Guardião

Capítulo 9 - Conforto

Olá pessoal, 

Novo capítulo. Um pouquinho diferente. 

Boa leitura.

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O ar frio da noite soprou a franja de Ladybug enquanto ela voava pelo céu parisiense, mas não ajudou em nada a aliviar o aperto em seu peito. Ela sabia que havia cometido um erro.

Depois que Chat Noir partira, ela começou a patrulhar sozinha. Ela não podia dizer que estava realmente patrulhando porque não estava prestando atenção em nada além dos pensamentos caóticos dentro de sua cabeça. Ela revisara a conversa que tiverem várias vezes. Ela lidara mal com a situação. Ele fez boas observações sobre Multimouse e tudo o que ela fez foi dar uma desculpa esfarrapada e acusá-lo. Ela choramingou lembrando-se daquela parte e parou, pressionando as costas contra uma chaminé. Por que ela fez aquilo?

Seus sentimentos estavam tumultuados. Tudo o que tinha acontecido nas últimas três semanas era sufocante. Tikki e Wayzz não podiam fazer muito, principalmente se ela não lhes contasse tudo. Ladybug inspirou e expirou profundamente tentando acalmar suas emoções. Ela se perguntou se Hawkmoth seria capaz de escolher um para se concentrar.

Seus pensamentos foram para Adrien. Eles haviam conversado sobre métodos para manter suas emoções sob controle e ele certamente precisava se policiar agora. Ela olhou para os arredores; não estava longe da casa dele. Talvez ela devesse ver como ele estava.

As luzes estavam acesas, mas ele não estava na quarto. Do peitoril da janela, ela olhou para Paris procurando sinais de akuma e não viu nada. Quando ela voltou sua atenção para o quarto dele, um Plagg muito zangado a encarou.

— O que você estava pensando em dizer aquilo para ele? — O kwami ​​cruzou os braços na frente de seu corpo minúsculo.

— Sinto muito, Plagg. Eu não estava pensando direito. — Ladybug abaixou a cabeça não acostumada a ser olhada daquela forma por um kwami. Plagg era tão diferente de Tikki e Wayzz. Tikki às vezes ficava brava, mas seu rosto era tão fofo que mal contava.

— Não é para mim que você precisa pedir desculpas.

— Eu posso falar com ele? — Ela perguntou timidamente.

Plagg suspirou e flutuou para o lado para deixá-la entrar.

— Eu vou deixar, mas se você se atrever a magoá-lo novamente... — Ele não terminou a frase e seguiu para o banheiro de Adrien atravessando a porta.

Os dois minutos que levaram para Adrien sair pela porta pareceram uma eternidade para Ladybug. Ela estava ansiosa para vê-lo e com medo de piorar as coisas. Seu coração batia dolorosamente rápido contra a caixa torácica, e estava ficando difícil respirar. A janela aberta era tentadora. Ela estava pensando em sair dali quando a voz dele soou atrás dela.

— Plagg disse que você queria conversar. — A voz fria combinava com a indiferença em seu rosto.

Ladybug na verdade considerou o comportamento dele uma bênção, considerando que tudo nele naquele momento teria fritado seu cérebro. Ele acabara de sair do banho, com os pés descalços, as mãos enfiadas nos bolsos de calças de moletom cinza não tão folgadas, regata branca e cabelos úmidos e despenteados. Ela cuidadosamente manteve o olhar no rosto dele, evitando sua figura perigosa.

— Eu queria me desculpar pelo que disse — disse ela cruzando os braços, abraçando o meio do corpo. — Eu não acho que você colocaria alguém em perigo por causa de seus sentimentos. É só que... às vezes parece que você nem pensa antes de agir e...

— Sério? Porque eu penso. Meu poder é traiçoeiro, um movimento errado e posso causar grandes danos. Você deveria saber disso já que cataclismou um sentimonster sem analisar primeiro. — Ela foi pega de surpresa por isso, mas reconheceu que ele estava certo. — Pode não parecer, mas não corro riscos desnecessários. É meu trabalho protegê-la para que você possa consertar tudo. E sempre vou proteger você, independentemente dos meus sentimentos. Eu ajo quando há necessidade. Às vezes, dá errado. Mas o que eu posso fazer? Eu não sou perfeito. Eu cometo erros — ele afirmou.