Alfonso estacionou seu carro em frente à casa de Dulce, respirando fundo antes de tocar a campainha, sabendo que nunca estaria o suficientemente preparado para aquela conversa.
– Por que você não entrou direto já que tem as chaves? – perguntou Dulce assim que abriu a porta e Alfonso deu de ombros.
Se encararam por alguns segundos, em silêncio, esperando quem seria o primeiro a começar a falar.
– Agora eu mereço uma explicação? – ela perguntou, decidida a começar aquela conversa.
– Eu não sei como te explicar o que está acontecendo – ele respirou fundo, havia pensado a manhã toda no que dizer para Dulce, mas agora que estava em frente a ela, tudo parecia mais difícil.
– Alfonso depois da briga de ontem fica impossível acreditar que não tem nada acontecendo entre você e a Anahí, então seja sincero de uma vez por todas – pediu. – Seja lá o que tiver acontecido, se você for sincero eu posso perdoar.
– Nós ficamos juntos há dez anos...
– Não me parece que foi só isso o que aconteceu entre vocês – ela o interrompeu. – Não acho que essa seja uma história de dez anos atrás, eu acho que você ainda está me escondendo algo, e eu não sei por que você não me conta a verdade logo de uma vez.
– O problema é que eu era louco por ela – confessou, ainda pensando no que deveria dizer para Dulce.
– Você e todos os outros meninos – disse Dulce.
– Não Dulce, eu era apaixonado por ela – ele passou a mão no cabelo e respirou fundo, estava muito nervoso, mas sabia que não podia mais adiar essa conversa.
– E o que ela sentia por você? – perguntou Dulce.
– Eu não sei – ele foi sincero, mesmo Anahí lhe dizendo que gostava dele quando eles estudavam juntos, ele não conseguia acreditar. – Eu acho que nada.
– E o que você sente por ela hoje? – Dulce perguntou temendo a resposta de Alfonso.
– Esse é o problema, eu realmente não sei.
– Não sabe ou não quer assumir? – perguntou.
– Eu não sei, é complicado – ele voltou a encará-la. – Eu acho que eu preciso de um tempo para pensar sobre isso – ele respirou fundo. – É isso, eu preciso de um tempo – repetiu mais para si mesmo do que para Dulce.
– Um tempo? – perguntou assustada, embora soubesse que também precisava de um tempo.
Dulce não amava Alfonso, pelo menos não da forma como uma mulher ama um homem, ela o amava como um amigo, porque ainda amava Christopher, mas ela se sentia protegida ao lado de Alfonso, coisa que não sentia quando estava com Christopher, e quando Dulce e Alfonso começaram a namorar, se sentir protegida era o que ela mais precisava.
– Isso, um tempo, acho que nós dois precisamos disso – ele repetiu.
– Nós dois? – ela perguntou, estava tão assustada com o rumo daquela conversa que apenas repetia o que Alfonso dizia.
– Nós dois, porque eu acho que você também precisa pensar no que quer.
– Mas e nós? – ela perguntou com os olhos marejados.
– Dulce, eu gosto muito de você, de verdade, muito mesmo, mas não como deveria ser – disse Alfonso, e Dulce o abraçou chorando, ela gostava de Alfonso, gostava de ficar perto dele, gostava do jeito que ele a tratava e principalmente, gostava de como se sentia estando ao lado dele. – Não chore – pediu passando a mão no cabelo dela, sabia que isso sempre a acalmava.
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A lista dos ex {finalizada}
FanfictionEla está atrás do ex de sua vida. Aos 27 anos, Anahí Giovanna já se deitara com 20 homens diferentes. Após ler uma matéria em uma típica revista de clichês femininos, onde dizia que a média de homens para uma mulher se relacionar durante toda a sua...