🔥Capítulo 31

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- Como se sente? _ não aguento mais ouvir essa pergunta, mas vindo dessa doce voz, da minha agora amiga, Lucy, o som é sempre bem-vindo

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- Como se sente? _ não aguento mais ouvir essa pergunta, mas vindo dessa doce voz, da minha agora amiga, Lucy, o som é sempre bem-vindo.

- Depois de ter conversado com meu amigo estou melhor! Mesmo com o resultado ontem da minha visita ao hospital. _ duas semanas e nenhum progresso evolutivo animador.

- Eu imagino que seja desanimador, Dante. Mas o doutor Farid falou comigo, aproveitamos para conversar enquanto você estava na ligação com o seu amigo. _ percebo, que ela se senta ao meu lado. Estamos na varada do seu apartamento.

- Durante a nossa conversa, ele me assegurou que todo o processo não está fora da normalidade, e que isso varia muito. Pode essa semana você não ter apresentado uma evolução significativa, mas isso poderá mudar na próxima consulta. O bom é que você está sendo um bom paciente, as medicações estão em dia e se alimenta bem. Isso já é um fator positivo, Dante.

- E o que isso adianta? Ficar nessa situação incomoda e ainda está atrapalhando suas férias! _ isso está me agoniando...na verdade não é só isso.

- Voltamos a este assunto de novo, Dante? Pensei que já tinha deixado claro a minha posição sobre isso! Não se vitimize! _ fala após minha lamentação e não gostei da última fala, me passa um ar de fraqueza e isso eu não sou. Só não quero prolongar essa dependência.

Fico em silêncio. Sei que ainda está ao meu lado, posso ver com dificuldade sua pequena mão apoiada no assento da cadeira, e para minha tortura, um pouca das suas pernas, que sonho em vê-las com mais nitidez. Ah como isso se tornou minha verdadeira agonia, e disfarço sobre estar incomodando, porque o incomodo maior é sentir seu cheiro. Aquele que arrepia minha coluna, quando ela passa por mim após o seu banho, pelo aroma, percebo que há um cheiro picante no ar, e isso provocou um boom, que quase me fez desistir de apenas olhar para o chão, mas lembrei-me que não podia.

Esses dias foram uma prova de que tenho uma força de resistência, que jamais pensei ter, mais sempre pensava... não com ela. A garota está quebrando suas regras convencionais, hospedando um estranho em seu apartamento e esse estranho vem a se transformar em um louco cheio de tesão. Não está sendo fácil, quando em alguns movimentos nos esbarramos, um que ela quase cai e tive que soltar as muletas para segurá-la por conta do nosso esbarrão, a tentação veio com carga total quando tive sua pele e cheiro envolvidos. Não sei até quando conseguirei resistir, e não a tomar para mim.

Para completar minha tortura, ainda tem aquele leão disfarçado de gato endiabrado, quando ela não está perto, sinto ele se aproximar e sempre que pode mordiscar minha mão, perna ou pé. Eu tento afastá-lo, mas deve ser o bicho de estimação do capeta, ele tem a sua agilidade, e pula fora do meu ataque. Depois ela vem e o chama de bebê, nunca gostei desses termos melosos, mas só ouvir a linda voz dela falando assim, já imagino se fosse comigo. A seca faz coisas homéricas com um homem.

- Desculpe por falar assim com você! Percebi pelo seu silêncio, sei que não gostou! _ ao escutá-la, sou trazido de volta dos meus devaneios.

- Falar o quê? Desculpe estava perdido em alguns pensamentos! _ pensei tantas coisas, que agora não lembro do que ela se refere. Escuto sua risada um pouco rouca.

A Força do FOGO - ( Série Os Quatro Elementos - Livro  II )Onde histórias criam vida. Descubra agora