Dezessete

3.4K 371 244
                                    

Se acostumar a nova rotina foi difícil para ambos. Dormiam no mesmo quarto e devido à sua briga não-declarada, não se falavam e ficava um clima estranho e pesado entre eles, apesar dos olhares indiscretos que lançavam um ao outro às vezes. Tinham suas aulas e voltaram ao seu dormitório pessoal por volta das sete da noite para tomar um banho e ir jantar no Salão Comunal. Voltavam às dez para dormir e continuavam sem se falar. Estranhamente aquela semana fora tranquila. Simon não mexia com eles, apesar de sempre estar lhes lançando um olhar penetrante nos corredores e nas aulas com James. Embora tudo estivesse na relativa calma, James começara a notar um comportamento estranho em seus amigos.

Notou primeiro as ações de Peter. Ele olhava ao redor toda vez que viravam um corredor e suspirava aliviado para o aparente nada. Era estranho e o comportamento do ômega loiro o estava fazendo prestar mais atenção aos outros. Remus os arrastava para a biblioteca toda vez que via Simon se aproximando e Sirius sempre fugia quando eles estavam salvos fazendo seus deveres sob o olhar penetrante de Madame Pince, a bibliotecária.

Questionara Remus a todo momento, embora ele o garantisse que nada estava errado. Porém James perguntou tantas vezes que um dia, irritado, Remus disparou: — Por que você não pergunta a Severus?!? Inferno, ele é seu marido, resolva isso com ele!!

Foi um balde de água fria e o Potter se calou desde então.

Quando voltou ao seu dormitório naquela noite, notou o Sonserino lendo no sofá da sala de estar, uma xícara fumegante ao seu lado flutuando suavemente e a lareira acesa em um fogo ameno. A imagem da própria paz, diria sua mãe. O ômega foi direto para o quarto guardar suas coisas e tomar um banho longo, pensando sobre o que Remus lhe dissera. Essa briga boba tinha que acabar em algum momento, certo? Talvez devesse conversar com o maior sobre isso e agora.

Revestido de toda sua coragem Grifinória James vestiu uma camisola vermelha que, muito constrangido, ganhara de sua mãe como presente de casamento, esta que era rendada e dava no meio de suas coxas, e saiu para a sala, observando o alfa ler como se estivesse perdido em um outro mundo. Se aproximou vagarosamente, se sentando ao seu lado e esperando. Severus finalmente ergueu o olhar depois de dez segundos e ter a atenção do olhar ônix em si depois de um tempo relativamente longo o fez estremecer sutilmente.

— Eu... — começou lentamente, sem saber como dizer o que estava ensaiando a um tempo.

— Você...? — incentivou o maior, arqueando a sobrancelha negra.

— Nada. — James se apressou a dizer, constrangido, se erguendo e voltando lentamente para o quarto, extremamente afetado pelo olhar negro.

— James? — um arrepio correu por sua espinha e ele se virou, olhos arregalados e boca levemente aberta em surpresa. — Vem aqui.

Por causa da marca em seu pescoço, o menor se viu obrigado a voltar e pegar a mão estendida do Sonserino, sendo puxado para baixo e se sentando em seu colo, costas coladas em seu peito e os lábios finos em seu ouvido. — Nunca mais tente mandar em mim daquele jeito. — a voz baixa, rouca e sibilante soou o fazendo estremecer outra vez. — Entendeu?

— S-S-Sim... — sussurrou trêmulo.

— Espero que sim. — um aperto em sua coxa o fez arfar e arregalar os olhos. — Porque da próxima vez eu não vou ser tão gentil e recuar de novo.

Assentindo freneticamente o ômega abafou um gemido com seu braço quando a mão em sua coxa escorreu para suas costas e apertou sua bunda por baixo do tecido da camisola, contornando sua entrada que começava a ficar molhada d excitação. Arfando James mordia os lábios para não deixar nenhum gemido escapar, embora sua vontade fosse gemer alto e ouvir os gemidos roucos do outro em seu ouvido.

Severus retirou o braço do menor da frente de seus lábios avermelhados pelas mordidas frenéticas. — Quero que gema pra mim hoje. — acatando o pedido, James gemeu alto, estremecendo quando viu a caneca branca flutuando à sua frente. — Beba. — ordenou a voz baixa enquanto a outra mão dele corria para o meio de suas pernas iniciando uma masturbação lenta.

Quando o ômega abriu os lábios o sabor do chocolate explodiu em sua língua quando ele bebeu o líquido do objeto voador. Ele fechou os olhos e se permitiu sentir tudo, desde as sensações em sua língua até às mordidas e chupões em seu pescoço, todos os estímulos que o estavam deixando louco.

Quando terminou de beber foi puxado bruscamente para um beijo de tirar o fôlego com sabor do doce marrom e o típico gosto refrescante da boca do alfa da noite. Suspirou e segurou seu rosto com delicadeza, tornando o ósculo mais carinhoso, suave, ainda que transbordasse de desejo e sentimentos desconhecidos. Soltou um gritinho de surpresa quando foi erguido pelas pernas, agarrando o pescoço do mais alto e perdendo o fôlego com o selinho surpresa que ganhou.

Severus o estava levando para o quarto, e ambos sabiam que não estariam satisfeitos até sorverem tudo do corpo um do outro.




~🌻🌻🌻🌻🌻~




— Está na hora. — sussurros corriam como FogoVivo pela mesa verde e prata, todos os Sonserinos estavam nervosos e excitados com a perspectiva daquela noite, e saíam disfarçadamente depois de terminar de comer em grupos de três ou quatro, se dirigindo para as masmorras e se reunindo em sua sala comunal, apenas aguardando o momento em que todos estariam reunidos. Quando Severus, Lucius e Tom entraram na sala, eram os últimos a aparecer e atraíram a atenção de todos, que se calaram e esperaram ansiosamente as palavras dos três considerados os "reis" da Sonserina.

— Estamos felizes em ter vocês reunidos aqui hoje. — Riddle tomou a palavra. Esta reunião é de extrema importância, então por favor, vamos escutar o que nosso querido Rei tem a dizer. — e deu seu lugar para Severus, indo se sentar com Lucius. Sorrindo maliciosamente, Snape tomou a palavra.

— Espero que estejam cientes do assunto de hoje. — todos estavam calados e ansiosos. — Como Sonserinos, suas cabeças devem funcionar perfeitamente e devem ter a capacidade de saber o que acontece com quem se casa com um príncipe. Estão prestem atenção as minhas palavras, com o conhecimento de que estarão protegidos no reinado que construirei.

Todos comemoraram, fazendo o moreno sorrir.

— Essa é nossa chance! — anunciou alto. — Sabem que quando um rei saí, outro entra, e essa é a razão para ficarem contentes! Estejam preparados, porque quando estivermos no topo, ninguém irá nos tirar de lá!

— Vamos estar! — garantiu um garoto quintanista. — Espera... Preparados para quê?

— Para a morte do rei! — anunciou Lucius com um grande sorriso.

— Por que, está doente? — perguntou outro.

— Não, tolo! Vamos matá-lo! — anunciou Tom. — E seu filho também.

— Boa idéia, quem quer os reis? — riu Mulciber. — Morram os reis!

A maioria comemorou, mas se calou ao ver Severus rosnar e o agarrar pela gravata da casa. — Seu idiota, haverá um rei!

— Ué, mas você disse que...

— EU serei rei! — anunciou triunfante. — Fiquem comigo... E jamais sofrerão outra vez!

Tom ergueu o punho. — VIDA LONGA AO REI!

— Vida longa ao rei! — ecoaram alguns. — VIDA LONGA AO REI! — gritaram todos finalmente.

— Se preparem! — ordenou o de olhos negros antes de se retirar, sua capa longa e negra ondulando atrás de si como se voasse ao vento.

A Rosa Dourada - SnamesWhere stories live. Discover now