Capítulo Treze - Meu Lobo

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Quando Tom e Remus se soltaram, ambos tímidos e corados pela vergonha, seus olhares se cruzaram e o Sonserino prendeu a respiração ao ver tamanha onde de sentimentos passar pelos olhos âmbar. Não conhecia elas, nenhuma delas, muito menos conseguia compreender aquele olhar quente direcionado a si. Por que Remus lhe olhava daquela forma? Era confuso e ele odiava estar confuso.

Foi repentino o modo com que o maior segurou seu rosto e lhe deu um simples beijo em sua testa, fazendo seu rosto incendiar de constrangimento. Aquele ato carinhoso fez seu coração disparar, sua respiração saía alta e ruidosa por seu nariz pequeno e arrebitado. Era menor que Remus, muito menor, e ele achou até... Fofo... O modo como o Grifinório se abaixava para beijá-lo tão docemente como se Tom fosse feito de porcelana.

- O que está fazendo? - perguntou baixinho quando viu o maior se erguer de novo, aparentando estar muito feliz.

- Estou sendo um Grifinório impulsivo com o próprio Sirius diz que eu tenho que ser. - contou rindo e lhe soltando, para a infelicidade do menor. - Fiz mal? Eu não me arrependo.

- N-não. - o mais baixo corou. - Quer dizer... Não fez mal, eu... Você...

Rindo por seu constrangimento ser tão fofo, Remus acariciou as bochechas coradas de Tom com ternura, sorrindo de lado por poder receber aquele olhar azul-escuro cheio de confusão que o deixava tão fofo. Mas o Grifinório sabia que aquela fofura era fachada, a beleza angelical do Sonserino o tornava um predador quase perfeito para alfas despreparados que achavam que podiam o enganar. Ah, e o olhar tão doce e amoroso que ele o via direcionar a alguns alfas, aquilo era tão tóxico que o fazia rir pela ingenuidade daqueles idiotas que acreditavam nele.

E Remus era um desses idiotas, mas era um idiota que sabia onde estava se metendo.

Devagar ele se aproximou, tomado por sua impulsividade que o fez ir para a Grifinória, olhando fixamente nos olhos do garoto que amava, sentindo sua respiração e coração acelerando pela vontade de lhe beijar, a ansiedade e o temor de ser rejeitado. Tom sorriu para lhe encorajar, fazendo Moony uivar de possessividade dentro de si e lhe dando a coragem necessária para seguir em frente.

Quando seus lábios se tocaram, ambos estavam quentes pela circulação de sangue correndo rapidamente por suas veias. Remus abraçou sua cintura com firmeza e Tom entrelaçou seu pescoço com os braços, retribuindo com igual paixão ao ósculo apaixonado. O de mechas castanho-claro gemeu pela força de seus sentimentos, trazendo Tom ainda mais pra perto apenas para sentir seu sabor doce que lhe viciou ao primeiro toque.

- Tom... - chamou desesperado ao separar-se dele para respirar. - Céus, garoto! Você vai me matar!

O ômega sorriu de lado, lhe encarando com aquela expressão entre inocente e maliciosa que usava para encantar muitos alfas. A carícia em sua nuca o fazia jogar a cabeça para o lado e ronronar de prazer ao ter o toque quente do escolhido por seu lobo, do ômega destinado a ser seu. O pequeno manipulador sabia como dominar completamente seus sentidos, o cheiro dele o deixava louco como só ele conseguia.

Tom Riddle era sua única excessão, outros ômegas não mexiam com ele daquela forma tão forte, tão dominante. Estava tonto, tão docemente rendido aos toques dele em sua nuca, os beijos suaves sendo depositados em seu pescoço e o deixando arrepiado, a voz manhosa e baixinha chamando seu nome com desejo. O ômega era um lindo veneno que o alfa bebia com vontade e sede, como um homem sedento no deserto.

Se deixou levar, o erguendo do chão congelado pelas coxas e o levando para o lugar mais quente, próximo e isolado de toda a escola. Naquele momento era a torre do relógio, vazia e aquecida atualmente graças a um feitiço do maior.

- Remus... - chamou em seu ouvido, gemendo baixinho. - Remus, Remus, Remus... - continuava a se mexer em seus braços, se esfregando em si com tal necessidade que era espelhada pelo lobisomem.

A Rosa Dourada - SnamesWhere stories live. Discover now