Daisy.

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DAISY - dai.sy

(subst.) O nome desta flor vem do latim margarita, que significa "pérola". Seu outro significado é "olho-do-dia", pois se abre durante a manhã e se fecha durante a noite. Antigamente, a margarida era considerada a flor das donzelas, e ainda hoje simboliza a juventude, simplicidade e inocência; Uma garota inteligente e bonita que gosta de rir. Ela é enérgica e muito divertida de se estar por perto. No começo, ela é tímida, mas quando você a conhece, ela não é nada do que você pensaria. Daisy pode não ser a mais popular, mas as pessoas a adoram. Alguns caras até se intimidam com a beleza dela.

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— VOCÊ FEZ O QUE, FLORA ABBEY?

— Não foi nada demais, eu já o tinha conhecido antes! – Os olhares indignados de Ote e Laura continuavam em mim, em choque.

— E você não me mandou uma mensagem avisando que estava saindo, não me ligou, nada! – Ouço o sermão do meu amigo, mas continuo andando em direção ao café — Eu estava te acompanhando, e se algo tivesse acontecido com você?!

— Mas não aconteceu! – gesticulo me virando para os dois, enquanto vejo Laura me olhando também em desaprovação. — De qualquer forma, acha que eu sou louca de ir à casa de um desconhecido sem o ter visto pelo menos alguma vez antes? – Solto um suspiro — Ele é um pintor que chegou da Coréia do Sul há mais ou menos um mês, montou um estúdio há algumas ruas depois da faculdade e nos esbarramos na biblioteca lá perto de casa algumas semanas atrás. Tivemos uma conversa e ele me parece legal, quis conhecer o seu trabalho, foi só isso.

— Se diz que já o conhece tudo bem, mas da próxima vez me avise que saiu e para onde foi, você não é criança mas me importo com sua segurança, Flora. – Concordo com a cabeça, pois sabia que estava errada por não o ter avisado. — E como voltou ao evento para me encontrar?

— Ele fez questão de me levar já que já estava tarde, disse que nunca me deixaria voltar sozinha por Nova York num sábado a noite. – Digo e sorrio, lembrando de sua gentileza.

    Hoje era a segunda-feira após o evento, e como o esperado de meu coraçãozinho sensível, eu não consegui tirar Jiyong de minha cabeça. Demoraria até que eu conseguisse chamá-lo apenas pelo nome, mas ele fez bastante questão de que derrubássemos formalidades já que nos demos tão bem rapidamente.

    Ele havia dito que estaria presente em eventos pois procurava fazer algumas amizades na cidade, já que era recém-chegado e apenas teve contato com alguns donos de galerias. Prometi a ele que iria apresentar meus amigos e daria um jeito de arrumá-lo alguns contatos dentro da universidade. Pelo jeito ele devia ser conhecido na Coréia do Sul, pois não deixei de reparar em seu estúdio grande e bem arrumado com móveis novos. O fato é que qualquer metro quadrado por Nova York parecia custar o valor de uma vida, mobiliado então nem se fala.

    Acho que pelo espaço de tempo ser tão curto, eu não esperava vê-lo novamente tão cedo depois de sábado.

    Bom, eu estava enganada.

    Eu, Ote e Laura decidimos nos encontrar à tarde em algum horário livre da universidade para irmos à um café e conversar, logo que as provas já estavam terminando por agora. Neste dia resolvi usar meu moletom favorito, um vermelho antigo que continha alguns detalhes verdes e sementes pretas, imitando o interior de uma melancia. A calça era preta, não muito apertada e de cintura alta, algo que sempre usava. Meu cabelo estava preso por um enfeite também de melancia que havia ganhado de George, o namorado de papai, e usava minha bota nos pés. Meus brincos eram corações vermelhos, o da orelha direita com carinha feliz e da esquerda com carinha triste.

Singular - Kwon JiyongOnde histórias criam vida. Descubra agora