As mulheres chegaram rapidamente próximo ao herói aclamado pelo povo. Elas imploraram em poder conversar com ele.
- Senhoras? Há algo que as afligem? – perguntou Porarinn.
- Sim, senhor. Nossos esposos estão desaparecidos há dias. Foram caçar na fronteira da Floresta e não voltaram ainda. Este não é um comportamento comum deles, visto que, já deveriam ter regressado para casa. – Sintetizou Asha.
- Hum... A Floresta de Menyamen. – Disse o herói com uma mão no queixo.
- Sim, senhor. Estamos todas aflitas. – Disse a senhora Rashvalle mudando totalmente seu tom de outrora.
- Pois bem. Estou indo visitar os Elfos da Floresta. Será o meu caminho. Posso investigar sim o que acontecera.
- Acredito que o senhor irá cobrar alto, tendo em vista sua fama. – disse Meriannot.
- Cobrar? Não, minha senhora. Não tenho esta prática. Sou um servo do deus do sol, Rhavgard. Apenas sirvo a ele e minha devoção é totalmente dele. Não tenho interesse em obter vantagem alguma de senhoras desesperadas.
- Que bom, senhor. Seria tão bom se todas as pessoas pensassem assim... – disse Earlon olhando em direção ao caçador de recompensas.
- Não me julgue – disse Mandubrath. Este é o meu ganha pão.
- Pois bem, partirei imediatamente. Pois tenho compromisso e hora marcada com os Elfos, eles não gostam de esperar, mesmo tendo o tempo como seu aliado da vida.
Todas as pessoas começaram a aplaudir e gritar "vivas", pois os seus amigos poderiam agora ter uma esperança. O herói, que estava a pé no momento da conversa com as senhoras, foi ao estábulo buscar o seu cavalo, que acabara de deixar lá para comer um pouco.
- Espere um pouco, senhor. Não vai assim pegando o meu serviço do nada. Sei que o senhor é um herói conceituado, que tem fama por toda Harav, mas eu estava prestes a iniciar a jornada. Já havia até combinado o pagamento e tudo mais.
- É verdade que já haviam celebrado um acordo com o homem? – perguntou o herói às senhoras.
- Bem, estávamos fechando o acordo, mas não finalizamos. – Disse Asha.
- Então, como não foi finalizado, não tem problema algum caso queira fechar com ele. Estou partindo. Até mais!
- Não, não queremos finalizar com ele. Foi cobrado um valor absurdo para nós. Não temos como paga-lo. Por isso recomemos ao senhor quando apareceu na vila. Foi como se enviado pelos deuses. – Argumentou Asha.
- Então, não vejo problema algum. Irei realizar a missão e ele pode vir comigo, pois assim, poderá voltar e trazer-lhes notícias. Você aceita receber metade do valor?
- Sim, aceito! – Respondeu de imediato. Era uma oportunidade única em partir numa missão ao lado do grande herói da região, um dos mais conhecidos de toda Harav.
As mulheres começaram a cochichar umas com as outras e consentiram a proposta do herói.
- Pois bem, está decidido. Vamos. – Disse Porarinn.
O herói seguiu em seu cavalo, bem devagar, enquanto Mandubrath foi ao seu lado, a pé. Saindo da vila, entraram numa estrada que, através dela, depois de algumas horas de caminhada, chegariam ao seu destino. As fronteiras da Floresta.
YOU ARE READING
Crônicas em Harav
FantasyEste livro traz uma coletânea de contos que ocorrem em Harav, um continente criado por mim, onde existe magia, força, poder, guerras, espadas, escudos... enfim, todos os elementos fundamentais para uma verdadeira fantasia medieval.