CAPÍTULO II - A FLORESTA DE MENYAMEN

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As mulheres chegaram rapidamente próximo ao herói aclamado pelo povo. Elas imploraram em poder conversar com ele.

- Senhoras? Há algo que as afligem? – perguntou Porarinn.

- Sim, senhor. Nossos esposos estão desaparecidos há dias. Foram caçar na fronteira da Floresta e não voltaram ainda. Este não é um comportamento comum deles, visto que, já deveriam ter regressado para casa. – Sintetizou Asha.

- Hum... A Floresta de Menyamen. – Disse o herói com uma mão no queixo.

- Sim, senhor. Estamos todas aflitas. – Disse a senhora Rashvalle mudando totalmente seu tom de outrora.

- Pois bem. Estou indo visitar os Elfos da Floresta. Será o meu caminho. Posso investigar sim o que acontecera.

- Acredito que o senhor irá cobrar alto, tendo em vista sua fama. – disse Meriannot.

- Cobrar? Não, minha senhora. Não tenho esta prática. Sou um servo do deus do sol, Rhavgard. Apenas sirvo a ele e minha devoção é totalmente dele. Não tenho interesse em obter vantagem alguma de senhoras desesperadas.

- Que bom, senhor. Seria tão bom se todas as pessoas pensassem assim... – disse Earlon olhando em direção ao caçador de recompensas.

- Não me julgue – disse Mandubrath. Este é o meu ganha pão.

- Pois bem, partirei imediatamente. Pois tenho compromisso e hora marcada com os Elfos, eles não gostam de esperar, mesmo tendo o tempo como seu aliado da vida.

Todas as pessoas começaram a aplaudir e gritar "vivas", pois os seus amigos poderiam agora ter uma esperança. O herói, que estava a pé no momento da conversa com as senhoras, foi ao estábulo buscar o seu cavalo, que acabara de deixar lá para comer um pouco.

- Espere um pouco, senhor. Não vai assim pegando o meu serviço do nada. Sei que o senhor é um herói conceituado, que tem fama por toda Harav, mas eu estava prestes a iniciar a jornada. Já havia até combinado o pagamento e tudo mais.

- É verdade que já haviam celebrado um acordo com o homem? – perguntou o herói às senhoras.

- Bem, estávamos fechando o acordo, mas não finalizamos. – Disse Asha.

- Então, como não foi finalizado, não tem problema algum caso queira fechar com ele. Estou partindo. Até mais!

- Não, não queremos finalizar com ele. Foi cobrado um valor absurdo para nós. Não temos como paga-lo. Por isso recomemos ao senhor quando apareceu na vila. Foi como se enviado pelos deuses. – Argumentou Asha.

- Então, não vejo problema algum. Irei realizar a missão e ele pode vir comigo, pois assim, poderá voltar e trazer-lhes notícias. Você aceita receber metade do valor?

- Sim, aceito! – Respondeu de imediato. Era uma oportunidade única em partir numa missão ao lado do grande herói da região, um dos mais conhecidos de toda Harav.

As mulheres começaram a cochichar umas com as outras e consentiram a proposta do herói.

- Pois bem, está decidido. Vamos. – Disse Porarinn.

O herói seguiu em seu cavalo, bem devagar, enquanto Mandubrath foi ao seu lado, a pé. Saindo da vila, entraram numa estrada que, através dela, depois de algumas horas de caminhada, chegariam ao seu destino. As fronteiras da Floresta.

Crônicas em HaravWhere stories live. Discover now