Pesado beijo

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Beijo molhado de lambança,

as mãos suando adrenalina,

É como se fosse sempre a mesma coisa,

duelar com ousadia


Eu faço as mesmas promessas

e sou feito também por elas

mas o caráter da etérea massa

dos sonhos

sucumbe ao peso do futuro


Quero provar o amargo

E

 Reiterar o ato

Prová-lo sempre a todo custo

Sei da insistência do destino

E o desafogo do fracasso,

Me despedaço sempre frente ao estrago


não há dor maior do que a mão rigorosa

lhe esticando as rédeas até o pescoço

fazendo-lhe sangrar até a víscera


É a escolha que deveria haver

Não pode prever ou condizer 

com o que é escrito,

Precisa ao invés provar que existe

mesmo frente a mão cruel

do fim

não há amor que resista a tamanha

restrição






E vamos de poesia?Where stories live. Discover now