A vida é um pedaço de feto ambulante,
pulsante e ultrajante,
enquanto se veste com os fiapos
rasgados do passado, a vida,
remendamos a trajetória da esperança,
com o tecido da escolha
Rasgamos ao meio o presente,
ao decidir com as garras da força,
quais os sins e os nãos,
pra quem sorrir,
ou abrir o seu coração,
Vislumbrando conexões
na linha reta e paralela
da utopia
os verões das viradas das estações,
e o doce fragor da melancolia
das cores inexploradas dos tons
e do sabor
Existe vida e caminhada,
na esplanada do horizonte
nascendo e subindo nas linhas
áreas da esperança,
Surripiando o caderno de rascunhos
do tempo
incandescente ao contrastar
com os ferros amargos do pressentimento
o fim sem possibilidade de remendo