Como recomeçar do ínfimo e contraditório e abstrato intuito da vontade?
Se falta ares
se falta
bares
se falta amizades
Como recomeçar com as mãos suando amargas adrenalinas e tóxicas toxinas
impedidas de se adensarem a carne devido a escorregadez do grave
toque da tempestade?
Como insistir depois do tombo, como coexistir com tanto pranto,
com tanto mas tão tamanho falta de ombro?
Precisa-se reaver no fundo da invalidez
é tempo de tentar um pouco
reviver
nos planos
dos passados para reconstruir
tempo de se deixar prosseguir
a languidez do eterno
e congelado segundo
que a um salto fino
de compasso
torna-se obsoleto mesmo
a esperança
Tempo de se deixar viver
a espera do que puder ser
mesmo faltando as vezes
a gota da saliva