Conversa importante

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— Como você

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— Como você... — Jeongguk parou de falar e suspirou. Ele iria direcionar uma pergunta para mim, porém desistiu. — Sang, venha comigo — caminhou em passos firmes para longe de nós, sendo seguido, minutos depois, pelo senhorzinho que se despediu de nós com pressa.

— O que foi isso? — Minhyuk tinha os olhos levemente arregalados e soltou uma lufada de ar. — Agora está muito claro que Jeongguk ainda gosta de você.

— Acho que... — tentei buscar as palavras adequadas, não podia deixar que o meu namorado pensasse isso e acabasse se complicando no seu trabalho. Ele estava se realizando profissionalmente agora. — Ele agiu desse modo por causa da amizade de vocês, Jeon até mencionou isso durante a discussão — dei de ombros fingindo estar despreocupada quando na verdade tinha os batimentos cardíacos acelerados.

Era muita coisa para processar. Estava mais cristalino do que a água que Jeongguk ainda sentia algo por mim além de rancor. Primeiro o beijo, depois o convite para o almoço e agora essa atitude eram indícios fortíssimos contra o que ele dizia sobre não se importar comigo. Mais do que nunca eu precisava me afastar, mas como poderia fazer isso? Moramos na mesma cidade e para piorar o meu namorado é seu funcionário. Talvez uma conversa séria resolvesse, mas eu sabia que não estava pronta para isso. Precisava ser firme ao dizer que não deveríamos sequer nos falar mais.

— Não sei — o loiro suspirou pesadamente. — Será que você poderia esticar a recomendação sobre Taehyung para Jeongguk?

— De me afastar? — Ele assentiu. — Mais?

— Se possível — me olhava com atenção.

— Tudo bem, eu não faço questão alguma — ri fraco e ele sorriu fechado. — Vamos sentar? Estou cansada.

Ocupamos as cadeiras vazias ao redor da mesa e Minhyuk fez questão de contar sobre a audácia de Taehyung para os meus pais. O meu pai pareceu gostar ao saber que Kim era proprietário de um shopping e eu revirei os olhos ao vê-lo rir enquanto Park lhe contava sobre a confusão. Um dos motivos para ele não gostar muito de Minhyuk é o fato de o rapaz não "ter onde cair morto", em seu próprio termo. Os três passaram a conversar sobre o jogo projetado por Minhyuk e eu não podia estar mais entediada. Desisti de tentar aguentar aquele falatório todo e saí de perto dizendo que iria dar uma volta. Até convidei o preguiçoso do meu namorado, mas ele não quis me acompanhar.

— Bebendo sozinha? — Assustei-me, parando de beber o uísque que pedi, quando a voz de Jeongguk soou baixa atrás de mim. Virei-me para ele e o encarei com firmeza. — Uísque? — Riu soprado. Assim que o garçom passou com a mesma bebida, o moreno se apossou de um copo. — Um brinde?

— A quê? A noite foi um fiasco, está tudo uma bosta — falei antes de beber o resto do líquido escuro.

— Por quê? O seu namoradinho foi o centro das atenções.

— Você se refere ao Minhyuk com tanto desprezo. Não tem vergonha de fingir ser amigo dele?

— Não, não tenho — deu de ombros. — Ele fingiu ser o meu amigo durante o tempo em que falava comigo e estava de olho em você.

Em nome da vingança | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora