Seething Minds

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Começar o dia com cantadas absurdas de Mineta não era algo exatamente desagradável. Era desprezível, horroroso, catastrófico. ____ com toda a sua paciência e boa vontade (que era bem pouca) resolvera não quebrar-lhe os ossos, por mais tentadora que fosse a idéia. Ultimamente, estava com bom humor demais para isto, de qualquer forma.

Aquela noite há uma semana ainda estava impregnada em cada centímetro de sua mente baguçada. Diante de um redemoinho de sentimentos catastróficos, ______ sentiu um pouquinho de felicidade.

Claro, entre as dobras de seus pensamentos ainda residia uma profunda agonia a respeito de seu futuro. Ainda não sabia se continuaria a carreira de seus sonhos.

Os músculos de seu corpo ainda reclamavam com tamanha carga de esforço, era quase rotina tomar analgésicos que aplacassem suas dores frequentes. A dor de cabeça por vezes fazia com que os sons exteriores fossem abafados e um zunido extremamente irritante passasse zombeteiro por seus ouvidos.

_____, pela primeira vez, estava começando a vacilar. Não é como se todo mundo tivesse uma força de vontade de aço como Midoriya ou uma resiliência tão bruta como Bakugou, afinal de contas.

Sorrindo amargamente, a garota sentiu as pernas vacilarem, e praguejou por não estar sendo mais forte do que aquilo.

Não podia mentir para si mesma, sempre fora a típica mediana em quase tudo o que fazia, o loiro apenas dera uma pequena alavancada em sua motivação para continuar. Mas agora, tudo parecia muito bagunçado e desconexo, não havia um rumo específico a ir.

Como alguém que repensa seus ideais, a garota se perguntou seriamente se ajudar os outros dependia exclusivamente de seu aspecto heróico e afins. Por crescer rodeada por um mundo que enaltecia os heróis como pessoas inspiradoras, apenas... parecia certo.

Uma pena que apenas agora, quando tentava cruzar seu maior obstáculo, parou para pensar nesta questão sumamente importante.

Se sua maior intenção era o bem das outras pessoas, de fato ser herói não era o único caminho. Contudo, as áreas de medicinais nunca lhe atraíram.

Coçando a nuca, se perdera entre os corredores se sentindo cansada e um pouco aérea. O único consolo que tinha naqueles dias era o contato frequente com seus amigos de sala.

Pessoas com as quais remotamente conversava, agora trocavam ideias divertidas com _____. Kirishima, seu estimado mano, principalmente.

O ruivo desatava a conversar com a garota diversas vezes ao dia, ele e Ochako eram os únicos com a qual _____ se sentira segura o suficiente para desabafar sobre seu problema pessoal.

Com palavras distintas, o conselho fora quase o mesmo: " Faça o seu melhor e não desista, ____. Mas se mesmo assim não conseguir, pelomenos seguirá em frente sem ressentimentos, sabendo que fez o seu melhor e tentou com todo o seu coração"

Já era hora de enfrentar os fatos: seria ____ forte o suficiente para aguentar o destino que queria ou tentaria de outras formas seguir seus ideais?

Estava prestes a tentar responder, quando dera de cara mais uma vez com um certo alguém. A única diferença é que não era madrugada.

Lá estava Katsuki, com a mesma aparência selvagem de sempre, no pé das escadas, parecendo almejar explodi-la simplesmente por existir.

_____ ficava cada vez mais confusa com a loira histérica à sua frente. Bakugou estava estranho, incrivelmente irritadiço com coisas muito estúpidas e banais, era quase como se tentasse resolver mentalmente alguma equação difícil a todo momento do dia.

No qual, obviamente, ele parecia nunca obter uma resposta.

Ao invés se enraivecer com o mesmo, a jovem na verdade estava preocupada com esta situação inusitada.

Reações Explosivas (Bakugou x Leitora)Where stories live. Discover now