capítulo 6

353 24 1
                                    

Beth Greene

Levei Daryl para a cozinha, era perceptível seus ombros tensos. 

Era claro que ele se sentia desconfortável com a minha aproximação.

Quase nunca eu tenho companhia no almoço. Todos estão sempre ocupados e cuidando das suas vidas.

_ certo... O que você quer fazer?- pergunto apontando para a panela.

_ eu queria ir embora - resmunga.

_ Daryl, não seja rabugento - falo. Ele me olha abismado.

_ não sei fazer esses negócios aí não - ele fala, apontando e balançando o dedo em direção a comida.

_ não sabe fazer macarrão? - pergunto abismada.

_ sei. Eu jogo na água, deixo cozinhar , depois tiro a água e coloco sal - resumi .

_ credo, Daryl - falo fazendo uma careta.

_ nunca precisei colocar esses trem aí não - fala.

_ certo... Corta o tomate - mando e ele me olha como se eu não tivesse falado sério.

_ era melhor eu nem ter vindo aqui - fala e pega os tomates resmungando.

Terminei o molho e aparentemente estava no ponto.

Peguei uma pequena colher e coloquei um pouco de molho e estendi para Daryl, que estava concentrado na panela .

_ toma, experimenta - falo colocando a colher perto da boca dele. Ele me olhou como se eu tivesse criado outra cabeça.

_ nah, experimenta você - ele fala desviando da colher.

_ Daryl, é só uma colher, ela não vai ter morder - falo rindo da sua careta . Ofereço novamente - aviãozinho

Ele come o molho que estava na colher

_ gostou do aviãozinho? - pergunto rindo .
Ele corresponde rindo timidamente .

_ idiota - fala.

_ está bom?- pergunto.

_ é comestível - fala.

_ apenas comestível? Você que é um idiota, Daryl Dixon - fala.

_ eu sei. Está bom - fala por último.

Terminamos o espaguete e esquentamos o restante da comida e nos servimos.

_ onde aprendeu fazer isso? - pergunta enquanto sentamos na mesa.

_ minha mãe me ensinou. Quando eu, Maggie e Shawn, começávamos a destruir a casa, ela nos colocava na cozinha. Ela dizia que além de manter a casa em pé, nós íamos aprender e nos divertir. Acho que ela estava totalmente certa - falo.

_ coitada da sua mãe. Imaginar você criança e como imaginar bando de filhotes selvagem e incansavelmente barulhento.- fala ainda concentrado na comida.

_ você está bem piadista, para um homem que está sempre muito calado - observo. Ele apenas balança os ombros.

_ é uma boa maneira de manter uma criança quieta - falo e ele concorda.

_ crianças são estranhas - fala.

_ por que?- pergunto .

_ elas parecem que nunca estão satisfeitas, são tão pequenas e mesmo assim consegue colocar um adulto na palma da mão - responde.

_ você tem razão. Acho que o bebê de Andrea e Shawn, vai colocar todos na palma da mão - falo sorrindo. Escuto Daryl se engasgando com a comida.

The Agent DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora