Lamps

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A minha barriga está a crescer cada vez mais, e o meu pavor pela chegada do irmão do Ed também

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A minha barriga está a crescer cada vez mais, e o meu pavor pela chegada do irmão do Ed também. Não tenho parado de pensar no mesmo e deixa-me cada vez mais apavorada notar que o Ed está sem qualquer plano para deter a chegada dele ou até mesmo vê-lo com um ar assustado e sem conseguir dormir.

Temo que ele possa fazer alguma coisa com a nossa bebé, mesma que eu prometa que ele não lhe vá fazer mal algum.

Não tenho tido notícias da minha mãe nem da D°Maria desde a minha fuga do hospital e isso preocupa-me imenso. Às vezes penso na possibilidade de voltar para casa e levar o Ed comigo, mas anseio como possam estar as coisas por casa.

Nunca gostei muito de olhar para o passado, por conta do tudo o que aconteceu na minha vida, mas se não fosse ele acho que nunca tinha aprendido com os erros que já cometi. E nunca teria conhecido o Ed.

*

Observo com atenção a foto, já preenchida pelo pó do meu pai agarrada à sua campa. Pego nas flores que trago comigo, algumas amarelas, outras azuis, roxas e por fim uma rosa. Apenas uma.

Adoro o contras-te do verde e do vermelho

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Adoro o contras-te do verde e do vermelho. Sinto uma boa energia quando toco nesta mera rosa. Não sei explicar.

Limpo toda a campa do meu pai e deixo tudo o mais limpo quanto posso. Coloco todas as flores no seu devido lugar e algumas velas, o que dá luz a toda a campa.

O seu rosto pálido, sorriso largo sobre o rosto sereno, permanece dia-após-dia igual. Nenhuma expressão diferente sobre o rosto da foto dele.

A brisa noturna surge. Sempre que venho aqui tenho as piores e melhores sensações. Todo o meu passado volta e as imagens do fogo voltam à minha memória.

Sinto um frio na barriga e uma tontura repentina, sinto o meu coração acelerar, as mãos a tremer e um leve arrepio percorre-me por todo o corpo.

Tento concentrar-me na minha respiração. Dentro. Fora. Dentro. Fora. Recordar, naquele momento, qual a maneira mais apetecível para a minha respiração, era cordial.

Ele psicopata ela suicidaWhere stories live. Discover now