Mágico Contraste

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The Fairly Oddparents

Capítulo onze

"Mágico Contraste"

Fez um sinal de certo no exercício de George. Antes mesmo que Stan pudesse liberá-lo, o garoto loiro foi correndo para o videogame sem nem ao menos se despedir dele. "Pré-adolescentes", Stan pensou e ainda tentou se lembrar de se era assim nessa idade. Começou a subir os degraus da escada da casa dos Denbrough à procura de Bill e reparou em um quadro em especial na parede, de um beija-flor. Sorriu.

Amava pássaros, em todos os aspectos.

Voltou a subir a escada. Diferente de todas as vezes em que entrava naquela casa, Stanley sentia-se leve. Ele não era falso ou coisa do tipo, mas era sempre um desafio para ele quando Bill abria a porta de sua casa. Ele tinha que colocar ainda mais à prova de que não sentia absolutamente nada por ele. Porém, naquele momento, pensamentos positivos - os quais não eram tão recorrentes quando se tratava de Stanley Uris - rondavam a sua cabeça. Talvez os dois estivessem mais próximos e todas aquelas situações constrangedoras pudessem passar. Ele até mesmo sentia-se mais relaxado na presença dele. Como ele poderia pensar diferente? Com isso, os pensamentos negativos foram para longe.

Assim que avistou o quarto de Bill, antes mesmo até de bater na porta, franziu a testa ao ouvir o som abafado de All I Have to Do is Dream vindo do quarto dele. Estranhou em como a música não parecia se associar em nada com o estilo de músicas que Bill escutava.

Ficou tão preso àquele detalhe que nem ao menos percebeu a porta abrindo-se. Bill quase segurava seu corpo sobre a porta, em uma postura extremamente relaxada enquanto a música parecia embalar os dois numa espécie de bolha. Stanley tinha seus olhos presos aos de Bill, os dele estavam levemente semicerrados e o conjunto de toda sua expressão foi o que mais chamara a atenção dele, por lhe parecer tão diferente. O sorriso dele estava diferente.

- Já acabei a aula com George - Stan disse encarando os lábios vermelhos de Bill. Quando voltou aos olhos do garoto, tentando deixar o seu sentimento menos óbvio, viu algo que não notara antes.

Desafio. Nítido e faiscante.

O sorriso acendeu-se novamente em seu rosto e Stan se viu entrando no quarto dele, quase como se flutuasse de tão fácil e leve que se sentia. Um pulsar de seu corpo pôde ser sentido ao ver Bill fechando a porta. Foi inevitável que a imaginação de Stanley desenhasse todo um cenário em sua cabeça, mesmo que ele se sentisse culpado por isso.

As coisas pareciam estar acontecendo mais rápido ao mesmo tempo que havia lentidão. Stanley sentiu-se zonzo por um instante, antes de Bill virar-se até ele e dizer com a voz ofegante:

- Finalmente.

Quando ele viu, Bill estava o pegando pela gola da camisa, beijando-o quase que violentamente. Stanley nem acreditou quando sentiu os lábios quentes do garoto nos seus, mas não demorou nem meio segundo para que ele começasse a retribuir.

Sentiu seu corpo ser vagarosamente empurrado até que pudesse sentir a dimensão macia e gélida que era a cama de Denbrough. Bill sorria para ele de forma apaixonada e Stan pôde sentir uma felicidade tão quente em seu peito.

- Bill, eu... - Stanley dizia, mas o garoto roubava seus lábios em mais um beijo, até que - eu não acredito que isso está acontecendo.

Stanley iria beijá-lo de novo, mas Bill se levantou da cama com um riso em seus lábios. Stan uniu as sobrancelhas, não entendendo o porquê do garoto estar rindo.

The Fairly Oddparents - stanbrough au!Onde histórias criam vida. Descubra agora