Alma

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Mostre-me como lutar

E eu vou lhe dizer, baby, isso foi fácil

Voltar para você uma vez que entendi

Que você estava aqui o tempo todo



O barulho dos galhos se quebrando perdiam-se em meio ao breu da noite. A velocidade com que os cavalos se aproximavam do que queria lhe levavam a cair em um amontoado de ansiedade. E, mesmo que a falta de reciprocidade com o meio lhe fizesse sentir repulsa, nada e nem ninguém lhe pararia até que chegasse no destino que queria.

— Você sabe realmente onde é? — Kyuhyun gritou um tanto afastado de si, a voz do alfa era quebradiça. Jaebum sabia que das mesmas sensações que seu corpo era invadido, o dele também era.

— Eu sinto que é por aqui... — Girou o corpo ao poucos junto com o do animal, olhando ao redor, na procura da casa.

Avistou, em meio às enormes árvores, a casa que outrora já lhe serviu de abrigo e que, dentro dela, Jaebum buscava a única pessoa que poderia lhe ajudar naquele momento.

Investiu naquela perseguição sendo seguido pelo irmão que vinha atrás de si, sempre cuidando todos os lados, esperando que a qualquer momento fosse atacado por qualquer coisa que pudesse existir.

Ambos desceram dos cavalos, deixando-os ali enquanto seguiam os primeiros degraus que davam a porta de madeira. Jaebum bateu nela, três batidas trêmulas, desesperadas, que faziam o coração ansiar, enquanto Kyuhyun apenas se detinha em manter a atenção sobre tudo, com a mão rente a espada e pronto para qualquer coisa.

A porta se abriu de leve, revelando a figura da mulher, que, não pareceu surpresa quando lhe encarou, mas, havia um sentimento nos olhos dela no qual não conseguiu explicar. A sensação que ela lhe causou foi de alívio, algo que Jaebum estava à procura.

— Jaebum... — Ela, então, sussurrou, os olhos um tanto perdidos na sombra atrás de si. — Kyuhyun... — Hyuna reconheceu o outro, o coração batia forte ao ter os olhos do alfa sobre os seus.

Ele lhe olhou estranho, também pudera, mal lhe conhecia, mas ela sabia o seu nome e o proferia como se há anos lhe conhecesse..

— Como sabe o meu nome? — Era uma pergunta tola, visto quem era, mas Kyuhyun desconfiava de que ela não era uma carloniana e nem qualquer coisa próxima ao Reino.

Se algum dia já tivesse a visto, jamais esqueceria os olhos dela.

— Eu... apenas sei. — Limitou-se a sorrir, abrindo mais a porta e deixando os dois passarem.

Jaebum caminhou afobado, parando no centro da pequena sala iluminada pela lareira e as velas que se perdiam pelo cômodo. Seu irmão mais velho apenas correu com os olhos por todos os cantos, sentindo-se estranho com o que via.

— O que quer de mim, Jaebum?

— Meu ômega sumiu. — Falou com pesar, ela não esboçou nenhuma reação, insistiu com o olhar para que prosseguisse. — Você disse, na última vez que nos vimos... — Engoliu seco, encarando a mulher. — Que poderia me ajudar...

— Sim, e eu posso, querido. — Buscou conter a alegria ao ouvir aquilo.

— E-eu preciso que me ajude a achar Jinyoung... eu sei que você pode fazer isso. — Sentia a respiração densa.

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