Maria Cecília não acreditava em Deus, desde o dia em que com seus 10 anos de idade, rogou pela vida de sua avó, prometendo a Jesus Cristo que seria uma criança educada e obediente. Sua avó morreu no outro dia. Maria correu para o mais longe que conseguiu, jogou seu terço onde seus olhos não podiam mais ver e despencou em lágrimas.
Padre João era um idoso que já havia passado dos 60 e beirava os 70, cheio do conhecimento, podia se dizer o descendente direto dos colonizadores daquela região. Optou por ser padre aos seus 12 anos de idade quando percebeu que amava dar conselhos e o ambiente da igreja juntamento com o cheiro dos mosaicos das paredes e a grama artificial do presépio natalino.
Toda madrugada eles se encontravam no bar do se João, Raimundo o solteirão de Aracati sempre estava junto, compartilhavam histórias e momentos que estavam sendo deixados para trás. Era um instante em uma linha do tempo desconhecida onde seres iguais, de idades carnais diferentes se reencontram, em linhas de raciocínio, que poderiam ser pensadas por uma criança, ou até, pelo mais inteligente dos adultos.
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Maria
ChickLitUma menina que vive em um povoado cheio de história conhecendo o mundo e uma realidade adulta.
