Capítulo 32

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   Reece galopava pelos campos,   flanqueado por O’Connor, Elden, Conven, Indra, Serna e Krog; todos eles dirigiam-se para o Leste, em busca da espada roubada. Reece sentia-se estranho ao estar em uma missão, cavalgando para uma batalha sem ter Thor ao seu lado. Ele estava determinado a encontrar seu
melhor amigo e libertá-lo; se dependesse dele, ele estaria cavalgando com o exército principal diretamente para o acampamento de Andronicus naquele exato momento.

   Mas Reece sabia que tinha de servir ao exército, servir ao Anel em primeiro lugar. Ele sabia muito bem que naquele exato momento, ele era muito mais útil rastreando e localizando a Espada do Destino antes que ela fosse levada para fora e o escudo ficasse inativo, expondo todos os seus compatriotas à morte. Ele sabia que isso também seria o que Thor desejaria que ele fizesse.

   O seu pequeno grupo, sete ao todo, galopava arduamente, enquanto passava por todos os cadáveres carbonizados dos soldados do Império que Mycoples havia dizimado ao longo do caminho. O campo estava em ruínas, o Anel se havia visto em uma onda de destruição que proveio de ambas as direções. Reece não sabia exatamente onde a espada estava naquele momento, nenhum deles sabia,
mas ele sabia que ela estava em algum lugar do outro lado das Highlands.

   Eles haviam cruzado os picos das Highlands horas atrás e agora todos
avançavam pela descida. Era estranho estar ali, do lado McCloud do Anel. Reece nunca tinha estado na parte mais extrema do Oriente; ele havia passado toda a sua vida no lado Ocidental do Anel, no entanto, ele tinha ouvido muitas histórias sobre os McClouds e ele não tinha vontade de se aventurar tão longe. Atravessar as Highlands era como atravessar uma barreira invisível em sua mente e uma parte dele já se sentia como se estivesse atrás de uma parede, sem um caminho de volta.

   A tensão no ar era espessa ali. Ao subir as Highlands, eles tinham visto meio milhão de homens de Andronicus no horizonte, pululando como formigas através dos campos. Reece e todos os seus homens haviam feito uma pausa e sentiram a gravidade da situação. De certa forma, sua missão parecia ser uma missão suicida.

   Eles continuaram pela estrada, avançando sempre em direção ao Leste, ao aproximar-se mais do corpo de tropas, eles tomaram uma bifurcação que se converteu em uma trilha menor, ela seguia através de densos bosques. Eles não podiam mais andar pelas estradas principais com tantas tropas fervilhando por ali. Eles teriam de andar furtivamente, porém com agilidade e astúcia.

   “Precisamos saber exatamente para onde eles levaram a espada.” Reece
disse para os demais.

   “E como você propõe que nós averiguemos isso?” Krog perguntou para ele.

   “Temos de interrogar um soldado do Império.” Reece respondeu.

   “Nós dificilmente poderemos ir até um soldado e perguntar-lhe.” Disse Krog cético.

   “Nós capturaremos um.” Reece replicou.

   “Apenas nós sete, confrontando uma divisão inteira do Império?” Krog
pressionou.

   Reece estava ficando impaciente com o ceticismo de Krog e sua falta de
respeito diante de sua liderança.

   “Nós não precisamos enfrentar uma divisão.” Explicou Reece. “Precisamos
apenas emboscar um grupo menor. Foi por isso que entramos nessa floresta.
Todos os exércitos enviam patrulhas para a periferia do acampamento principal.”

   Eles continuaram andando em um silêncio tenso, penetrando cada vez mais
na floresta durante vários minutos, até que finalmente Reece detectou movimento.

   Reece levantou a mão em um sinal e todos eles se detiveram. Todos
permaneceram em seus cavalos, muito quietos, esperando e observando as
árvores.

Um Rito de EspadasWhere stories live. Discover now