Eu vou matar aquele idiota

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O assunto do momento era meu relacionamento com Bruno, mas eu realmente não poderia ligar menos para qualquer fofoca que fizessem.

Nunca me incomodei com o que falassem a meu respeito, não seria agora que iria passar a me incomodar.

Bruno me pediu oficialmente em namoro pros meus pais e preciso dizer que foi um dos momentos mais engraçados de toda minha vida, juro que eu nunca o vi tão nervoso em todos esses anos que o conheço.

No fim tudo ocorreu bem, meus pais o receberam com muito carinho e minha mãe parecia prestes a soltar fogos de artifício porque não era segredo pra ninguém o quanto ela torcia por mim e Bruno desde que ela começou a perceber o que estava acontecendo.

Claro que meu pai ainda mandou um "quais são suas intenções com a minha filha, rapaz?" somente pra assustar ele. Tive que conter o riso ao ver Bruno se atrapalhar todo pra responder enquanto tentava evitar falar uma gíria a casa cinco palavras.

Eu estava feliz, tanto que nem me importava quando ouvia sussurros pelos corredores da escola quando eu passava de mãos dadas com Bruno, eu gostava dele, ele gostava de mim, estávamos bem juntos e isso era tudo que realmente importava.

— Alice, o aniversário do Bruno tá chegando... -Livía estava na minha casa, estávamos estudando juntas para a prova de português do dia seguinte. Excluímos nossos namorados dos estudos ou acabariamos não nos concentrando.

— Eu sei. -suspirei, já tendo uma ideia de onde ela queria chegar.

— Você sabe que ele faz festa e tal né? -nesse momento fiquei em dúvida se era ela mesma quem tinha aquele questionamento ou se Bruno havia pedido pra ela testar descobrir minha opinião.

— Sei, amiga. -me limitei a responder isso, me fazendo de desentendida. Queria ver se ela realmente iria perguntar o que eu achava que iria.

— Você vai né? -e aí veio a pergunta que ela queria fazer... ou que Bruno queria que ela fizesse, no fim eu não sabia dizia qual dos dois era.

— Você sabe que eu não sou chegada em festa, não sabe? Mas ele é meu namorado, então eu vou. Não seria legal eu não ir. -Após ouvir minha resposta, Lívia se jogou em mim em um abraço pra lá de desengonçado.

— Tão madura, que orgulho de você, Lila! -acabei rindo, mesmo que ela estivesse me esmagando.

— Certo, podemos focar nos estudos agora? -perguntei rindo quando ela se afastou.

— Mas ei, vocês dois já...? -levei cinco segundos pra entender o que ela estava falando e quando finalmente entendi quis socar minha melhor amiga por fazer meu rosto ficar mais vermelho que um pimentão.

— Não vou falar da minha vida sexual com seu irmão, Lívia. -puxei uma das almofadas da minha cama, cobrindo meu rosto.

— Então tem vida sexual? -retrucou em tom malandro, me fazendo querer abrir um buraco no chão.

— Idiota! -levantei o dedo do meio, fazendo ela gargalhar. — Não, nós ainda não transamos. Mas eu estava pensando... No aniversário dele, talvez?

— Tá aí um presentão. -foi minha vez de gargalhar, Lívia não vale nada.

— Você não presta. -falei em meio ao riso que ainda não havia cessado. Olhando por aquele lado, realmente um presente e tanto. Mas ainda ia comprar uma camisa pra dar pra ele. — Mas ainda estou pensando, talvez role antes, talvez role depois... Vai ser quando eu me sentir a vontade.

— Tá certa amiga. E se ele pensar em te pressionar eu mesma quero ele na porrada. ‐e eu a conhecia o suficiente pra saber que ela estava falando sério.

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