Chapter Thirteen

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[🍑]

Jimin avaliou a pergunta sem se mexer. Sentia-se quente e insatisfeito, os nervos tensos com uma sensação que parecia de fome, só que muito pior. Era torturante, aguda e o deixava trêmulo.

– O que você vai fazer? – perguntou.

Jeongguk passava as mãos pelo corpo dele com uma suavidade enlouquecedora.

– Você sabe que eu nunca o machucaria.

Não escapou a Jimin que Jeongguk não respondera diretamente a sua pergunta. Ele se afastou do peito dele e baixou os olhos para encará-lo. Jeongguk estava absurdamente lindo deitado ali, embaixo dele, os músculos rígidos e a pele macia e dourada. O rosto parecia um sonho. Um toque de rubor aquecia suas faces e o nariz, como se ele houvesse passado tempo demais exposto ao sol. Os olhos negros cintilavam com uma expressão maliciosa, cheia de segredos, sombreados pelos longos cílios. Um Adônis vivo, pensou Jimin, dominado por uma onda de melancolia.

– Acho que devemos parar agora – disse com relutância.

Jeongguk balançou a cabeça e estreitou ligeiramente os olhos, como se surpreso com a declaração. – Nós mal começamos.

– Isso não vai levar a nada. O Príncipe Encantado não está destinado a uma pessoa que fica sentada no canto, mas a uma que possa valsar.

– Que diabo valsar tem a ver com isso?

– É uma metáfora.

– Para o quê?

Jeongguk tirou-o do colo, sentou-se e passou as mãos pelos cabelos. Apesar da tentativa de arrumá-los, os fios negros permaneceram desalinhados, alguns caindo sobre a testa, e mesmo assim maravilhosos. Ele passou um braço pelas costas do sofá, os olhos ainda presos nos de Jimin, que estava tão distraído com o torso e os braços musculosos de Jeongguk, com os pelos irresistíveis que cobriam seu peito, que mal conseguiu se lembrar da resposta: – Para todas as coisas que eu não posso fazer. Seu futuro esposo ou esposa terá que agir como anfitrião em todo tipo de eventos e comparecer a bailes e soirées com você. E que pessoa com duas pernas em perfeito estado não é capaz de dançar com o marido? As pessoas fariam perguntas. Que desculpa eu daria?

– Diremos que sou um marido ciumento. Que não quero vê-lo jamais nos braços de qualquer outra pessoa, só nos meus.

Jimin franziu o cenho e fechou o pijama. Estava ressentido, com um toque de autopiedade... E não havia nada que desprezasse mais do que autopiedade.  – Como se alguém fosse acreditar nisso – resmungou.

Jeongguk segurou-o com força. Os olhos dele cintilavam como fósforos acesos quando o encarou.

– Jamais vou querer vê-lo nos braços de qualquer outra pessoa, só nos meus.

O mundo parou. Jimin ficou impressionado e assustado ao pensar que pudesse haver um mínimo de verdade nas palavras de Jeongguk. Não, ele não estava falando sério. Estava tentando manipulá-lo.

Ele empurrou o peito de Jeongguk. Era duro como um muro de pedra. – Não diga isso.

– Você está destinado a mim.

– Não.

– Você sente isso – insistiu ele – toda vez que estamos juntos. Você quer...

Jimin tentou calá-lo com a boca, o que, pensando bem, não foi a tática mais inteligente. Jeongguk reagiu na mesma hora, o beijo profundo, exigente.

No instante seguinte, ele se viu deitado sob ele. Jeongguk apoiou a maior parte do peso nos cotovelos e joelhos para não esmagá-lo, mas Jimin ainda estava firmemente ancorado ali, pressionado entre as almofadas do sofá, enquanto ele o beijava com um ardor lento e enlouquecedor. Jeongguk parecia determinado a provar alguma coisa, como se Jimin já não o desejasse, como se já não estivesse fraco de desejo. 

APM || JJK+PJMWhere stories live. Discover now