VIOLET ҂Fred Weasley

73☆ Depois do véu

Violet on.

Branco.

Vazio.

Não há nada que pareça remotamente com qualquer descrição feita sobre o pós morten. Caminhei alguns passos que não resultaram em nada. Já estava frustada, qual é o motivo de estar aqui?

_ Devia parar de andar em círculos. – a mesma voz que me chamou pra este lugar falou.

Me virei para onde vinha o som, e Merlin, acho que vou ter um treco. Deveria ter um ser horripilante e repulsivo a minha frente, mas não. Ele era de uma beleza incrível e irresistível, sua expressão era misteriosa e excitante (Acho que nunca tive tão perto de me jogar em cima de alguém quanto agora).

_ É bom saber que minha aparência te agrada.- ele falou com um sorriso malicioso.

_ Perdão. – pedi abaixando a cabeça em uma reverência, não ousando lhe olhar novamente.

_ Não é necessário toda essa formalidade. – pediu suavemente. – Olhe pra mim.

Obedeci, era impossível resistir as suas ordens. Mesmo com a voz calma, ainda tinha firmeza e uma expressiva dominação. Não desviei o olhar, notando melhor sua aparência. Tinha os olhos tão negros como uma noite sem lua, os cabelos da mesma cor obscura.

Mas as linhas de seu rosto eram suaves e joviais. As vestes lembravam a professor Snape, por serem totalmente pretas. Seu jeito era calmo e confiante, sua aura muito poderosa.

_ Sabe por que está aqui? – perguntou muito perto.

_ Por que o senhor me chamou. – falei de automático, era estranho chamá-lo de "senhor" sendo que aparentava ter minha idade.

_ Exato! – ele riu brevemente afastando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. – Preciso de você.

Foi preciso muito controle, ele estava perto e exalava um cheiro quente e tentador. Não sei se de propósito, mas me deixava excitada. Eu me batia mentalmente por esses pensamentos, o que só parecia agradá-lo ainda mais.

_ O precisa que eu faça, meu senhor? – me surpreendia estar com a voz tão calma e firme.

_ Você sabe quem sou eu? – assenti ainda encarando a imensidão de seus olhos. – Bom. Tem algumas pessoas que não consigo trazer para meu reino, elas ainda não me pertencem.

_ O senhor diz elas, há mais de uma? – perguntei.

_ Sim, você verá. – falou simplesmente. – Em troca desse pequeno favor que me fará, lhe concederei algo que deseja.

Ele deu a volta em mim, se posicionando as minhas costas com as mãos em meus ombros. Seu toque transmitia paz e desejo. Com uma das mãos, que notei agora ser coberta por uma luva de couro, apontou o que parecia uma floresta a frente com um imenso rio ao centro.

_ É lá que deve ir. – arfei ao ouvir sua voz sussurrar no meu ouvido. – Lá conseguirá o que precisa. Três serão necessários.

_ Três? Mas eu só...

_ Tem alguém que vocês pensam estar aqui, mas não está. Ele precisará da poção também.

_ Quem é ele, senhor?

_ Alguém próximo a você, que sacrificou tentando acabar com o mal e todos pensaram ter sido morto antes do fim da guerra. – a compreensão me fez arregalar os olhos e me virar para ele em busca de confirmação, está veio em um aceno e um leve sorriso.

_ O que é "lá' exatamente? – havia um pouco de medo na minha pergunta.

_ Alguns chamam de Lete*, eu gosto de pensar que é apenas um rito de passagem, um alívio para as almas cansadas. – disse divertido.