Bone Breaker (Novel)

Prólogo

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O sol brilha acima de um tapete vermelho e redondo, propriamente, o aglomerado de casas que constituem a cidade de Yasu. Banhando o rosto das dezenas de centenas de pessoas que andavam por suas ruas no começo deste dia. Mercadores, soldados ou simples moradores da cidade contribuem para que ela se torne um pouco mais vívida e próspera com o decorrer do tempo.

Por mais, dentro de um dojo na cidade de Yasu, pisando em um chão de madeira escorregadiço que se via seu próprio reflexo, um pai instruía seu filho duramente em um combate corpo a corpo.

"Urgh! ". A criança chora ao se ajoelhar, fazendo uma expressão de dor, fechando um de seus olhos e colocando a mão acima do local atingido. Um desfecho tomado por ter sido incapaz de bloquear um dos ataques da espada de madeira, empunhada pelas mãos de seu pai.

"Que feição é essa em seu rosto? Uma simples espada de madeira pode lhe causar dor?! ".

"Mas você me acertou com muita força, pai! " A criança reclama de volta para o homem de meia idade, chamado Yamato, o poderoso artista marcial e líder do clã da Lótus negra. Um homem da pele branca e enrijecida por seus treinos contínuos.

"Você já tem dez anos de idade e é mais que o suficiente para desenvolver habilidades, do contrário, não poderá adquirir ou mesmo manusear uma runa como sua mãe e eu". O homem caminha pelo Dojo, e se achegando da criança estende uma de suas mãos para a ajudar se levantar.

"Eu nunca tive chance de fazer minha escolha, você só me empurra para esses treinamentos sem nunca ouvir o que tenho a dizer". A criança reclama, segurando a mão dele e ficando de pé.

"Takeda, é pelo seu próprio bem. Sua mãe e eu não estaremos aqui para sempre, o clã há de haver um herdeiro e esse tem de ser você. Agora vamos nos banhar, por hoje é o suficiente".

Yamato, sem olhar para trás, deixa o Dojo pela porta principal.

"Você sempre diz a mesma coisa, mesmo eu dizendo o contrário". Takeda sussurra em segredo.

Ao deslizar lateralmente a mesma porta de madeira pela qual seu pai saiu, vê duas mulheres de trajes brancos a esperar. São serviçais do clã, de olhares baixos os joelhos delas tocam o piso de madeira que antecede as escadas para o jardim florido da residência.

"Takeda-sama, as termas foram reservadas". Elas dizem simultaneamente.

Sem dar resposta, ele as deixa para trás, indo até o banho particular de sua família. Dentro do local, uma área quadrada fora construída para resguardar uma fonte térmica existente dentro da residência, não tão quente quanto deveria ser, mas a temperatura era ideal para que pudessem relaxar.

A área é livre para ser usada pelos discípulos da Lótus negra, contanto que nenhum outro membro representante ou do ramo superior do clã estivesse fazendo uso. Takeda abre a porta do local, prendendo os olhos em seu pai que já relaxava a alguns minutos dentro das águas.

"Estou entrando". – Avisa a ele, ao juntar sua mão fechada a palma de sua outra.

"Vá em frente". Seu pai disse.

Takeda removeu suas roupas, prendeu seu cabelo em um coque e entrando, se encostou na borda oposta donde Yamato estava. Com o calor da água a arrepiar sua pele, se encolheu.

Takeda trêmula, mas ergue seus olhos e encara seu pai.

"Pai, por que treinar todo dia? Ter uma runa não é o bastante para se tornar forte? ".