Capitulo 31

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Lola Carter

Ao sair, Amber não saiu do meu lado, e estava sempre reforçando a idéia de que tudo ficaria bem e que eu não precisava me preocupar.

— Estamos indo bem Lola, fique calma — dizia Jacob — Eles tem registros de coisas feitas pelos seus pais no passado, e isso complica um pouco, mas nós estamos indo bem — Eu suspirei preocupada.

— Vou ao banheiro — Saí sozinha, Amber entendeu que eu precisava de um tempo. Ao me olhar no espelho, suspirei calma e sozinha, não podia chorar, mas eu queria, eu não posso parecer fraca, não posso parecer vulnerável.

O banheiro vazio me trazia uma sensação de paz, que logo foi embora ao barulho da porta sendo aberta. Me virei para sair, mas paralisei ao ver Lincoln ali.

— O que faz aqui ? — O olhei

— Como você está ? — Colocou as mãos nos bolsos da frente e inclinou a cabeça, me olhando com preocupação.

— E isso importa pra você ? — ri com sarcasmo

— Claro que importa Lola ! Você acha que eu estaria aqui se não importasse ? Tem que conversar comigo, eu conheço você e sei que não está bem, você entendeu tudo errado — Ele não falava mais do julgamento.

— Agora não é uma boa hora Lincoln — Senti que queria desmoronar, e não estava aguentando segurar. Ele veio até mim mas eu o empurrei.

— Pare com isso Lola ! — Ele tentava se aproximar, então segurou os meus pulsos e usou sua força para me levar até uma das cabines, a trancando.

— Eu não quero conversar com você, me deixa em paz ! — Eu comecei a esmurrar seu peito, então ele segurou os seus braços

— Eu prometi que estaria ao seu lado no dia de hoje, você pode me odiar o quanto quiser depois disso, mas agora eu vou cumprir com a minha promessa, então eu vou abraçar você, e você vai desmoronar mas eu vou estar aqui pra te segurar, e então vamos sair desse banheiro e você vai voltar a aquela sala como a mulher forte que você é ! — Ele falou em um tom autoritário, e eu já não aguentava mais, então me desmanchei.

O abracei e senti os seus grandes braços me segurando, o choro tomou conta de mim e com uma das mãos em seu peito, eu chorava, o som era angustiante até para mim mesma, do fundo da minha alma eu sentia a dor, a dor de tudo que vem acontecendo.

— Eu te odeio — Eu disse enquanto chorava muito, sem parar, em meio a soluços, meu corpo mole só não caia pois ele me segurava.

— Eu sei — Ele disse então dando um beijo no meu cabelo, então eu fiquei ali, odiando quem eu mais amava. E ele estava ali, me amando mesmo com todo o meu ódio

[...]

Depois de poucos minutos eu me acalmei. Então ele segurou o meu rosto em mãos.

— Escuta Loisleine, se não quer conversar comigo, tudo bem, se você acha que eu errei tudo bem também, mas independente do que houver hoje, eu não vou deixar ninguém te levar embora, nem que seja pra você ficar e me odiar com todo o seu ser. Eu entendo que eu te machuquei, mas se você me ouvisse, não precisaria sofrer mais ainda. Eu amo você, sempre vou amar, como eu nunca amei ninguém nos meus quarenta anos de vida, e eu sei que você não acredita muito nisso agora, então se você quer que eu vá embora, se quer que eu te deixe em paz, se vai ser o melhor pra você, então eu o farei — Eu não respondi, sabia que ele queria que eu dissesse algo, mas eu não sabia o que dizer — Tudo bem então — Ele beijou a minha testa, destrancou a cabine e saiu do banheiro.

Droga !

[...]

  Já na sala novamente, James estava na cadeira.

O Pai da Minha Melhor Amiga [ CONCLUÍDA ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora