Capítulo 34

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Sinto a respiração tranquila de Ayla enquanto acaricio seus cabelos bagunçados.

Cada dia ela está mais independente, seguindo as próprias vontades, e isso me deixa extremamente feliz. A satisfação de vê-la desabrochando é única, e esse é um dos motivos para não aceitar esse final trágico que já está predestinado.

— Quanto tempo você acha que vai levar para tomá-la como sua mulher?

Não preciso olhar para saber que é Thomas que está ali, fico incomodado por entender que ele ficou este tempo todo assistindo tudo, mas por outro lado, sei que o máximo que pode ter sentido é tédio. Guardiões não se comovem com atitudes vindas da natureza humana.

— Sabe o quão nojento é ficar observando sua protegida quando ela está em seus momentos íntimos? — pergunto. Minha cara se contorce ao imaginar que ele estava vendo tudo o que fizemos.

— Não tenho culpa se me escolheram para vigiá-la! — responde sarcástico. — E nem tinha muita coisa para ver, não é mesmo? Parece que você ainda não aprendeu a ter desejo sexual. — reviro os olhos, só eu sei o quanto eu a desejo, e o quanto eu me seguro para não fazer algo precipitado.

— Apenas aprendi a respeitar algumas tradições humanas. — respondo com a ironia pingando em minha voz. — Mas ao menos, mesmo antes de me tornar humano, eu já sabia o significado de "privacidade" ... — sibilo em sua direção. — Posso saber o porquê de você aparecer assim? Quer ficar me lembrando que eu falhei com ela, é isso?

— Vim te avisar que eu ouvi sobre o acordo de vocês.

— Jura que ouviu? — reviro meus olhos mais uma vez, impaciente. O que esse idiota queria, afinal?

— Só quero que saiba que é verdade. — o encaro. — Já teve casos de tratos corrompidos. — então Ayla tem uma chance! — Mas saiba que em todos que fizeram isso tiveram sua alma corrompida também.

Então esse é o preço? Você não se livra do tratado, apenas o adia para o pós-morte...

Ouço o ressonar dela e automaticamente a aperto mais. Não posso perdê-la.

— Por que está me dizendo isso agora?

— Estou entediado. Ver vocês tentando fazer alguma coisa ao menos vai movimentar um pouco meus dias... — Ayla se remexe fazendo os dois pousarem os olhos nela. — E quem sabe se der certo, vocês não cruzam de uma vez.

Um sorriso sarcástico se abre em sua cara, quase me desafiando a reagir ao seu comentário ridículo.

— Vá a merda, Thomas!

Acabo falando alto e Ayla murmura algo, para logo depois cair no sono novamente.

— Até iria, se já não estivesse nela.

O ignoro até não sentir sua mais a sua presença.

O brilho do anel resplandece em meu dedo, sei que Ayla ficou feliz com aquilo, a conheço a suficiente pra saber do seu lado romântico, mas além disso, esse anel firma a nossa ligação. Sempre que ela precisasse, a Turmalina lhe traria proteção e força, assim como eu sempre farei.

Minha mão inconscientemente desceu pelo seu corpo, lhe fazendo carinho, sentindo sua pele delicada, até sentir o sono finalmente me alcançar, e como um último pensamento, me pergunto:

Quando caralhos virei um panaca romântico?

Eu sei, eu sei! Esse capítulo foi bem curto!

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Eu sei, eu sei! Esse capítulo foi bem curto!

Mas prometo que o próximo vai ser bem grandinho!

Mesmo sendo curto, espero que tenham gostado!

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Até a próxima!

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