♡ - 𝑂𝑛𝑧𝑒.

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Meio atrasado, mas: Muito, muito, muito obrigada pelas 2k de visualizações. Isso é tão importante que eu não tenho sequer palavras para descrever minha gratidão.

Devo tudo a vocês. Obrigada de coração.

Hashirama:

Passaram-se algumas semanas desde o incidente da massinha nos cabelos de Madara. Como já esperava, o Uchiha surtou por completo pela grande dificuldade de tirar os pedaços grudentos dos seus fios grossos. Por pouco, não descontou suas frustrações em nosso filho, o que honestamente me deixou aliviado.

Nos primeiros dias, Obito teve muita dificuldade de dormir em seu quarto. Em algumas noites, costumava a chorar em plena madrugada por medo de ficar sozinho. Naturalmente, Madara e eu não tivemos problemas em deixar que ele dormisse conosco até se acostumar, o que logo aconteceu facilmente.

Porém, em uma noite qualquer, algum tempo depois de o colocarmos em sua cama, Obito apareceu em nosso recinto, visivelmente assustado. Mirei meus olhos que até então estavam em um livro em sua direção.

Segurava seu urso de pelúcia apertadamente contra o pequeno torso, enquanto chupava a chupeta alaranjada com uma certa pressão e rapidez. Além disso, seus olhinhos estavam marejados, o que só fez meu coração se apertar mais em meu peito.

Levei o livro que tinha em mãos até a cabeceira ao lado da cama, iluminada pela única luz do local, vinda do abajur. Chamei-o com a cabeça, assim que se aproximou, o peguei no colo e o pus sentado entre minhas pernas.

– Qual o problema, meu amor? – Limpei uma das lágrimas que escorriam livres pela bochecha, tirando a chupeta de seus lábios em seguida para que pudesse falar sem contratempos. – O que houve?

Papa... – Levou o fino braço coberto pelo pijama azul até seu rosto, o esfregando para dispersar o choro. Fungou um pouco. – Eu vi...

– O que você viu, querido?

– Um monstlo. – Voltou a fungar enquanto apertava mais o brinquedo apreensivamente. As lágrimas não deixavam de cair até a coberta abaixo de seu leve corpo. – Um monstlo veio me comê, um monstlo muito feio.

Suspirei pesadamente, levando uma das mãos até seus cabelos bagunçados, os acariciando com leveza. Ele havia tido um pesadelo, sabia bem o quão horrível podia ser isso, ainda mais para uma criança de quatro anos.

– Eu e o papai Madara estamos aqui com você, filho. – Apontei para o outro com minha mão livre, que dormia pesadamente do lado oposto da cama em que estávamos. – Nenhum monstro vai poder te comer, tudo bem?

– Mas e se ele comê os papa também?! – Levou ambas as mãos ao rosto assustado, com sua típica inocência infantil. Tive vontade de rir ao ver a cena. – O monstlo é glande!

– Ele não vai, e você sabe por quê? – Negou com a cabeça. – Porque o papai Madara é muito bravo, ele vai bater em quem tentar nos machucar.

Olhou para seu outro pai, rindo baixo ao vê-lo roncando contra o travesseiro. Voltou sua atenção a mim, claramente já consolado.

𝐎𝐮𝐫 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝 • 𝐇𝐚𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚Onde as histórias ganham vida. Descobre agora