♡ - 𝑇𝑟𝑒𝑧𝑒.

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Hashirama:

Não tive maiores problemas em aceitar Tobi em nossa casa, na verdade, fiquei em êxtase por finalmente ter um animal de estimação. Madara sempre havia sido contra a ideia, vê-lo aceitando mais um membro em nossa família era sem dúvidas muito gratificante.

A adaptação do bichano conosco não teve quaisquer contratempos, as semanas se passaram de maneira rápida. Ele já tinha engordado e crescido um pouco, seu aspecto estava visivelmente mais saudável.

Além disso, Obito ficou tão feliz com a presença do seu novo bichinho que agora mal notava o mundo ao seu redor na maioria das vezes. Fazia tudo ao lado de Tobi, seu mais novo companheiro de todas as horas.

Sobre a escolinha, tudo estava ocorrendo bem até demais. Tivemos a sorte da classe do nosso pequeno ter como professor alguém excepcional, evidentemente preocupado com o bem estar dos alunos. Aliás, tais crianças que receberam muito bem o Uchiha mais novo.

Em um de meus dias de folga, decidi por fazer uma surpresa e buscar Obito e Madara no horário de saída das aulas. O colégio não era tão longe de nossa casa, podia ir a pé sem dificuldades.

Despedi-me de Tobi, quase adormecido sobre o sofá, e fui em direção à saída. O carro havia sido levado naquela manhã pelo meu marido, portanto, não haviam outras escolhas se não ir caminhando.

Em cerca de meia hora, cheguei ao prédio que já estive algumas vezes. Alguns pais que iam buscar suas crianças já aguardavam em frente ao grande portão, prestes a ser aberto.

Encostei-me sobre um poste, próximo a entrada, para esperar. Perto de onde estava, duas mulheres com cabelos avermelhados brincavam com uma criança de colo nos braços de uma delas.

Antes que pudesse notar, uma delas se virou e veio em minha direção ao me ver. Honestamente, não pude negar minha surpresa ao reconhecer de quem se tratava.

– Hashi, a quanto tempo!

Ri nervosamente ao identificar minha ex namorada, Mito Uzumaki. Havíamos tido um relacionamento há mais de dez anos, quando ainda não tinha descoberto minha bissexualidade. Terminamos e não a via desde então.

Se aproximou e beijou-me ambas as bochechas, não tive reação. Não sabia o que dizer, tampouco como reagir diante a aquilo, porém optei pela educação.

– Olá, Mito. – Gaguejei um pouco, coçando o topo da cabeça em inquietação. – Sim, de fato, já faz algum tempo.

Ela sorriu de forma suspeita, mantendo uma distância estranha, para dizer o mínimo. Conforme me afastava com passos para trás, mais se aproximava.

– Como estão as coisas? – Perguntou com uma voz diferente do padrão. – Ainda está casado?

Limpei a garganta, aquela conversa não estava seguindo por um bom rumo.

– Sim, estou. Vim buscar meu marido e meu filho, inclusive.

Mito riu, pousando uma das mãos sobre meu peito enquanto voltava ao seu estado normal. Perguntava-me qual seria a razão da graça.

– Bem, vejo que não foi uma mera fase ter me trocado por um homem. – Piscou um dos olhos após fazer a afirmação. – Mas ainda há tempo de consertar as coisas.

Franzi o cenho com sua fala, completamente desnecessária. Eu nunca havia trocado ninguém, Madara e eu nos conhecemos cerca de seis meses após nosso término e ela sabia disso. Além disso, sua última frase me causou certo desconforto.

Não queria causar confusão, usar a educação e o diálogo sem dúvidas era o melhor a se fazer naquela situação.

– Mito, não há nada a ser consertado. – Suspirei, vendo-a ficar com sua típica expressão de ódio que conhecia há anos. Sua genealogia era referência no quesito da raiva. – Estou casado e feliz, tenho uma família incrível que jamais substituiria. Por favor, pare.

𝐎𝐮𝐫 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝 • 𝐇𝐚𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚Onde as histórias ganham vida. Descobre agora