Filho (II) - Dean

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Totalmente perplexo, ou surpreso não sei ao certo, esse foi o jeito que Sam ficou.

Permaneci calada, olhando para um quadro na estante atrás dele, havia ali uma foto que eu muito amava, levantei o pegando.

  _Esse é meu filho, Daniel. Um garotinho muito travesso e carinhoso - Entreguei o quadro a ele, seus olhos analisavam a foto com cuidado, logo em seguida ele me olhou e novamente para a foto e no fim olhou para o irmão no carro.
  _Ele é filho do Dean. - afirmou simplesmente.
 
Eu sabia que se um dia encontrasse alguem daquela vida todos logo saberiam que Daniel era filho de Dean. A semelhança era inegável.
  _Sim, ele é. E ele é também o motivo pelo qual eu deixei Dean.

Mesmo já tento constatado isso Samuel ainda ficou pasmo, eu entendia ele.

--- Quando eu descobri a gravidez resolvi contar para o seu irmão, ele estava em um bar da cidade que estávamos. Eu cheguei lá feliz, afinal era um filho; mas Dean não era o pai que Daniel precisava. Eu o peguei com outra naquele dia, e tudo ficou cinza.

Baixei os olhos sentindo as lágrimas em meus olhos. Eu não iria chorar, afinal haviam se passado vários anos e eu não sou uma manteiga derretida.

  _Vocês brigaram, então você voltou pro hotel e encontrou meu pai, contou a ele tudo e Bam!  Ele lhe disse para sair dessa vida, sumir da vida de Dean e criar o seu filho já que era o seu desejo.

A armagura na voz do Grandão era enorme, Sam estava com raiva  como sempre teve de todas as ações do pai.

  _Sim, foi o que ele disse e foi exatamente o que eu fiz. - apertei minhas unhas na palma das minhas mãos pela raiva que sentia de mim. - Samuel eu não devia ter seguido o conselho dele, ele criava vocês como máquinas de guerra e não queira que vocês "burlassem o sistema".

Eu me sentia leve, como se um enorme peso tivesse saido das minhas costas. O peso da culpa pela omissão de algo por mais de quatro anos, foi isso que eu senti saindo das minhas costas.

  _O que você vai fazer agora?
Olhei para Sam que ainda observava a foto do sobrinho e imaginei como seria se eles vivessem em uma vida normal. 

  _Eu não vou contar. - seu olhar era indecifrável sobre mim. - Sam, o que acha que vai acontecer? Seu irmão me odeia isso é fato, eu o larguei sem mais nem menos e sumi, acha mesmo que ele gostaria de saber que tem um filho? Acha que isso mudaria alguma coisa? Porque eu acho que não, seu irmão não vai largar essa vida e eu não quero meu filho em risco.

Sam balacou a cabeça em concordância.
  _É você quem decide s/n, mas eu preciso dizer uma coisa; Dean não te odeia, eu conheco meu irmão e quando ele falou da história de vocês eu vi um brilho lá no fundo dos olhos dele. Ele pode estar muito mágoado mas te odiar ele não odeia.

A companhia tocou interrompendo aquele clima sério que estava instalado ali. Eu e Sam nos entreolhamos e fomos para a porta.

  _Aconteceu de novo. - Dean disse assim que abrimos a porta, ele nem me olhou mantendo a vista sobre o irmão ao meu lado.

Entrei no meu carro seguindo o velho Impala, liguei imediatamente para Sam para ter novas informações já que eu conhecia quase todos naquela cidade.
  _Onde foi? -indago o rapaz assim que ele atende. O Escuto perguntar ao irmão mas não entendo nada do que o loiro diz.
  _A duas quadras da outra casa. Encontraram um corpo..
Senti um enorme aperto em meu peito seguido de um calafrio, algo ruim estava acontecendo.

***

Assim que vi o Impala dobrar naquela rua meu coração parou. Haviam várias pessoas próxima a casa além do carro da polícia e do IML.

Pulei do carro rapido, escutei os garotos me chamarem mais eu não consegui parar.
Quebrei a barreira me aproximando da marca que entrava no carro, puxei o zíper do corpo vendo o corpo totalmente mutilado do melhor homem que eu já conheci.

Eu tentei me agarrar a seu corpo mas quatro polícias me puxaram me separando de Will, me soltei dos homens correndo para a casa procurando por Daniel.
Corri para o quarto que Will havia feito para meu menino, havia sangue por todo o carpete, a janela estava quebrada e o cheiro de enxofre era grande.

  _ONDE ELE ESTÁ? - Gritei agarrando o policial a minha frente, o homem estava atordoado. -ONDE ESTÁ MEU FILHO?
O xerife apareceu na porta junto com os rapazes, agarrei seus ombros em desespero.
   _Jones, onde está meu filho?
O homem de cabelos grisalhos meu olhou com pesar, e então tudo escureceu.

Parte II pra vocês
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Veh🌻

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