The Malice of the Past

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Antes:

 Ele não teve pressa em lamber o lábio inferior, seus olhos fixos no homem ajoelhado na frente dele, sujo, queimaduras sangrentas se espalhando por todo o rosto de Wen Chao. Os olhos do verme imundo transbordavam lágrimas salgadas, que o Yiling Laozu só poderia se divertir, sabendo que as mesmas ardiam na pele do mesmo.

 O homem ajoelhado à sua frente parecia assombrado e a beira da morte.

— Bem bem… vejo que meus homens fizeram um bom trabalho com você.— Ele ronronou, sentindo a excitação da vingança ferver em seu sangue, fazendo um arrepio agradável lamber a sua pele, como se um amante estivesse o adorando… e por todos os céus, a sensação era tão boa que se Hanguang-Jun estiver livre depois daquilo ele abriria as pernas com o maior prazer.

— Por favor… Por favor eu imploro! Não me mate! — Wen Chao chorou engatinhando em direção ao homem muito bem vestido em preto, a única diferença de cor sendo uma jaqueta de couro vermelho e uma fita de seda, que segurava seu cabelo no alto. — Eu lhe… l-lhe chamarei de mestre, eu beijo seus pés, eu… posso sumir, você nunca mais precisará saber de mim eu… por favor, não me mate! Apenas não me mate!

—Apenas… não mate você? — Algo negro preencheu qualquer diversão que Wei Wuxian sentia até ali, seus lábios se esticando em amargura e seu estômago se revoltou quando Wen Chao realmente alcançou suas botas militares.— Se afasta de mim, verme!— Rosnou, chutando o homem para longe dele, fazendo o mesmo ser jogado para trás e batendo a cabeça no chão sujo em um som molhado que Wei Wuxian podia ter a certeza que o verme não demoraria a desmaiar. Não que ele estivesse preocupado com isso no momento. — Meu povo… as crianças do Pier Lótus… todas aquelas pessoas… —Ele riu, seco, amargo e mortal. — E nem vou falar do que você fez contra o povo de Hanguang-Jun e de outros clãs… — Wei Ying ainda lembrava quando Lan Zhan bateu na porta de seu apartamento, mal vivo e com uma perna quebrada.— Eles imploraram! E você não escutou! 

— E-Eu…

— Você cala essa boca maldita!— Mandou, sacando Chenqing e Suibian do lugar em sua costa, mirando diretamente na cabeça dele. — Vá para o inferno!

Atualmente:

 Quando Wei Ying abriu os olhos, se deparou com o breu do quarto onde ele estava… ele não fez questão nenhuma de mover qualquer músculo sob a confusão de lençóis que o cobria. Ele tremia, como se seu corpo estivesse funcionando a base de adrenalina, a mesma adrenalina furiosa que sentiu na noite que descarregou todas as balas na cabeça de Wen Chao até que houvesse apenas uma massa disforme do que um dia foi o crânio do Wen.

  Ele ainda se lembrava do que ele fez assim que o matou. Ele guardou as armas na cintura da calça, cuspiu no chão e pediu que Wen Ning providenciasse uma limpeza no lugar. Wei Ying montou sua motocicleta e foi para o apartamento de seu Lan Zhan e se deixou gastar toda aquela energia em sexo suado e viciante.

 Desviando o olhar para o relógio na cabeceira ele observou que ainda era início da madrugada… coisa que ele se xingou mentalmente, porque ele só dormiu por uma hora antes de sonhar. Suspirando, ele se sentou, jogando as pernas para fora da cama e bocejando. Talvez ele devesse tomar um pouco do licor que ele havia comprado e ir para a garagem, ainda havia um Dodger dos anos 70 para ele trocar o filtro de ar.

 No entanto, antes que ele pudesse enfiar os pés dentro das pantufas de coelho, que ele orgulhosamente mantinha perto da cama, seu celular começou a vibrar na cabeceira da cama antes de iniciar os primeiros acordes de metallica. Imediatamente ele se sentiu mais alerta, mal era duas da manhã… uma ligação a esse horário só podia significar uma coisa.

— HuaiSang! Espero que tenha algo para mim. — Desejou em saudação, já se levantando e ignorando as pantufas, seus pés descalços tocando diretamente o assoalho de madeira enquanto se dirigia até a sua área de vaidade no closet e se sentando na cadeira acolchoada, a resposta do homem no outro lado da linha demorou a vir, já que o mesmo parecia falar com uma terceira pessoa do outro lado.

— Oh eu tenho…. mas você só tem sete minutos, velho amigo. — Respondeu, o sorriso presente em cada palavra e transbordando desafio e isso arrancou uma risada divertida de WuXian. 

— Isso não será um problema. — Disse, largando o celular no viva voz na penteadeira e empunhando um delineador preto perto do espelho, já começando a trabalhar em seus olhos. — Onde?

— Entrada da Ponte Williamsburg.  

— Seu filho da puta, tão longe! — Ele riu, abandonando o delineador e agarrou a máscara de prata e decorada com relevos de redemoinhos em sua superfície. — Chego em cinco.

— Não esqueça o grana, tem gente aqui que chupariam alguns paus para ter Stygian. — Wei WuXian sorriu de canto, se levantando após amarrar o laço preto da máscara, não se destacando com a fita leve e vermelha em seu cabelo, ele poderia arrumar quando chegasse.

— Deixem agirem como putas por um pau então.

 Ele encerrou a ligação, enfiando o celular de qualquer jeito no bolso traseiro do jeans, que felizmente ele não se deu o trabalho de tirar antes de cair na cama. ele pegou a jaqueta vermelha no encosto da cadeira e a vestiu a caminho da saída, enfiando os pés nos coturnos militares e desceu as escadas, sem perder tempo em se preocupar para trancar a porta.

 Stygian é uma BMW i8 preta, sua lataria tão lustrosa quanto o petróleo e com os aros polidos e brilhantes em prata, assim como o corpo tribal de um tigre metalizado que ele havia desenhado na lateral esquerda. Aquele filhote só tinha a elegância de um felino, porque o maior orgulho era tudo o que estava escondido sob o capô, principalmente o motor W16 que ele extraiu de um Chiron de modelo estranho e… por todos os deuses das ruas, todos os 1500 cavalos de potência e mods escondidos ali faziam qualquer um ficar duro.

 Mas aquele bebê era puramente dele, qualquer um poderia babar em cima, mas ninguém poderia tocar. Stygian era seu precioso, uma lembrança da vida passada dele que não envolvia armas ou mortes, uma copia do carro que ele criou no passado… claro, se substituísse o tigre por um dragão oriental.  Para todos, exceto HuaiSang, esse carro pertencia a Mo Xuanyu, sua nova identidade e não ao temível Patriarca Yiling.

— Oh meu querido. — Ele ronronou quando pisou um pouco mais no acelerador, suas mãos apertando o volante como se segurasse um amante. Foda-se, ele era viciado pela sensação do carro vibrando sob ele enquanto ele percorria o caminho em direção a ponte. As corridas de rua era um dos únicos hábitos que ele trouxe de sua vida passada… perigoso apenas pelo fato que encontrar com Jiang Cheng ou Lan Zhan nesse mesmo mundo, mas, sinceramente? Eles estava morto para o mundo e iria continuar assim.

 Ele quer continuar assim.

For Every ChanceWhere stories live. Discover now