Honest Feelings

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Lan Zhan tem lembranças desagradáveis de tempos onde seu amor estava morto... Wei Ying finalmente precisa encarar as consequências de suas escolhas e ambos tem uma conversa necessária.
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Lan WangJi se sentia cansado às vezes… havia momentos em que ele queria simplesmente deitar e dormir e esperar que tudo tenha sido um pesadelo e que ainda eram tempos bonitos de quando era apenas Wei Ying e ele, namorando em cada canto do apartamento dele ou indo a encontros, correndo em ruas abandonadas, pistas de aeroportos ou... Simplesmente tendo um tempo a sós na garagem do mais novo.

Mesmo ele sentindo saudades nada disso voltaria, e agora ele estava na frente do espelho, encarando o reflexo de trinta e oito anos e procurando qualquer defeito em sua aparência, mas não encontrou e isso não era uma novidade.

Ele mantinha o cabelo preso em um coque arrumado, duas mechas caídas na laterais de seu rosto, sua faixa pendia amarrada em seu pescoço como um colar, exposto para qualquer um vê sobre um suéter azul pastel de gola alta, a calça apertando as coxas sem restringir seus movimentos e botas de cano curto. O toque final foi um blazer alguns tons mais escuros que a blusa, lhe dando espaço para esconder Bichen, uma pistola de 40 mm personalizada, seu cano feito de prata e punho entalhado com dois caracteres correspondentes em chinês.

 Chenqing era um peso agradável no coldre gêmeo, ele nunca viajava sem ela… era uma lembrança de quem ele perdeu, mas agora ele recuperou e era hora da pistola sombria retornar ao verdadeiro dono.

 Era uma tradição das famílias do submundo nomearem suas armas, isso indicava que eles estavam devotos a proteger seus irmãos e aliados, matar e morrer por eles. Lan Zhan aprendeu com o tempo que não considerava todos seus irmãos e que seus aliados não fariam o mesmo por ele, confiança era uma coisa delicada e que poderia custar seu pescoço.

 Bem, bem… essa não era a representação original do mundo do crime?

Antes:

 Seus olhos estavam fixos no lado de fora da janela, ele podia perceber uma luz ou outra, uma pessoa ou outra… mas a sua atenção não se fixava em nada. Ele não se importava com nada ali. Nada. Nem mesmo quando um pensamento vago de que tudo parecia cinza e frio passou por sua mente.

 O mundo perdeu a cor vibrante que era Wei Ying.

 O mundo poderia explodir e se foder que ele não se importaria.

 Os hematomas em sua costa doíam, ele podia sentir os ferimentos causados pelo açoite arderem, mesmo com o bálsamo… céus, até seu ombro deslocado e costelas trincadas faziam um ponto com ele. Ele se sentia como um boneco de ventríloquo que teve as cordas cortadas.

 No entanto, nada disso doía mais do que seu coração, sangrando pela perda de uma amor. Quebrado de um modo que ele não sabia como ainda estava vivo.

  Ele foi punido por ficar ao lado do homem que amava e ele não conseguia se arrepender de nada. Wei Ying não matou todas aquelas pessoas, não as inocentes, ele acreditava em Wei Ying. Seu Wei Ying… Seu sorridente sol.

 Na verdade ele não se sentia vivo, na verdade ele se sentia submerso, como se estivesse embaixo da água espinhosa e glacial, dormente e simplesmente dormente. 

— WangJi? — Ele escutou seu irmão o chamar, o carro parado… a quanto tempo eles estavam parados? — Você não precisa fazer nada nisso sozinho, você sabe, não sabe? — Silêncio. O que ele sabia? — Eu posso ficar com a-Yuan enquanto você se recupera, o tio não vai se importar, ele…

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