NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.

Capítulo 6

Boa noite! Tem alguém lendo? Ninguém fala nada, não curte não comenta. Preciso saber se tem alguém lendo ou deleto e desisto de postar. Estou muito desmotivada. 

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10 DE MARÇO...

Duas semanas se passaram, desde que a Priscilla foi embora. A Nina está muito anêmica segundo os exames dela. E o cansaço dela para mamar e dormir as vezes, chamou a atenção. Hoje tem eletrocardiograma e tomografia marcados pra ela. Isabela quase não come, não fala comigo pra nada, nem quando eu assinei os papéis pra viagem dela com a escola. A Nicole é um cavalo as vezes, não fala muito, tá esquisita. Era de manhã, a Priscilla pega as duas toda manhã pra levá-las na escola. Ela dá um beijo na Nina tenta falar comigo, mas não dou muito ouvido e vai embora.

Eu: Nicole preciso que cuide da Nina pra mim hoje a tarde. Tenho uma reunião na empresa.

Nick: Eu não babá e nem mãe dela. – falou irritada.

Eu: Mas é irmã dela e vai olhar sim – falei brava.

Nick: Hoje eu não posso, vou a praia com o Lipe.

Eu: Não, você não vai. Você vai cuidar da sua irmã. – ela saiu batendo porta como sempre. Eu suspirei.

Rose: Isso vai passar dona Natalie.

Eu: Eu espero... As vezes acho que a Priscilla tá fazendo alienação parental com elas.

Rose: Olha, eu sei que sou só uma funcionária, mas estou aqui há 7 anos e não acredito que a dona Priscilla esteja fazendo isso. Ela ama demais a senhora e ela a quer de volta. Alienação parental ela não faria.

Eu: Assim espero Rose. Assim espero... – suspirei. Subi dei banho na Nina dei mama, me troquei arrumei a bolsa dela e fomos ao médico. O médico da clinica que ela faria o exame disse que daria um leve sedativo a ela, pra ela ficar quietinha e eu poderia acompanhar atras do vidro. O exame dela durou cerca de 30 minutos. Eram dois exames. O tudo ficará pronto em dois dias. Fui pra casa ela ainda tava dormindo. Troquei a fralda dela e a coloquei na cama, pedi a Rose pra ficar de olho nela que eu ia buscar as meninas na escola. As peguei, almoçamos e fui me trocar pra ir a reunião. Dei as instruções sobre a Nina pra Nicole que nem olhou na minha cara e fui trabalhar. Precisava arrumar uma babá fixa pra cuidar da Nina e voltar para a empresa o mais breve possível. Fiquei fora por 3 horas e quando cheguei a Nina tava esgoelando. – O que ela tem?

Nick: Eu não sei, já troquei, dei mamadeira, dei pão de queijo e agora ela tá assim. A Boca dela tá ficando roxa olha... – a peguei. A respiração dela tava muito estranha. Liguei na clínica que ela fez o exame e falei o que tava acontecendo e pediram pra eu leva-la ao hospital que a pediatra dela atende que mandariam as imagens e o laudo pra ela em caráter de emergência. Arrumei uma bolsa pra ela coloquei uma roupa confortável a troquei e desci. – Eu vou leva-la ao hospital. Não saiam de casa sem me avisar. Se eu precisar passar a noite lá, vou ligar pra tia Alisson buscar vocês aqui. – a coloquei no carro e cheguei logo no hospital, fiz a ficha dela e a pediatra dela doutora Luciana logo veio atender.

Luciana: Oi Natalie... Oi Nininha o que foi? – a pegou e ela chorava. – Eu acabei de receber as imagens, trouxeram aqui agora pouco. Vou fazer um ultrassom nela rapidinho – ela fez e logo pegou o telefone. – Oi, é a doutora Luciana Gomes, pede pra doutora Nádia Bambirra vir até aqui, por favor. Ok, então pede a doutora Liz.

Eu: Algum problema? O que ela tem? – perguntei preocupada.

Luciana: Calma, vamos ver o que ela tem. Preciso de uma segunda opinião para não ter duvidas. – logo a doutora Liz chegou e para meu pesadelo é a ex namorada da Priscilla.

Liz: Pediu pra me chamar Lu? Natalie? – me olhou assustada.

Luciana: Sim. Se conhecem?

Eu: Sim – a encarei.

Luciana: Liz eu preciso de uma segunda opinião no caso da Nina – ela tirou os olhos de mim, colocou os óculos e olhou os exames e foi examinar a Nina. Eu tava em choque, eu sabia que ela tinha formado em medicina cinco anos depois que saiu do colégio, mas não sabia que ela trabalhava justamente no hospital que eu estava e que ela examinaria minha filha. – Oi bebê, tudo bem, vai passar fica calma. – a examinou. – É isso mesmo Luciana. – supirou – Pode vesti-la mãe – falou comigo. Eu a vesti e fui me sentar diante das duas.

Luciana: Eu pedi uma segunda opinião pra confirmar o que vi nos exames.

Eu: E o que você viu?

Luciana: A Nina tem a síndrome de Marfan, conhecida com SMF.

Liz: É uma doença de herança autossômica, dominante no tecido do conjutivo que envolve especialmente o sistema cardiovascular, dentre outros. Mas no caso da Nina é o cardiovascular. Essa síndrome causa óbitos prematuros.

Luciana: É uma dilatação progressiva da raiz da aorta, que causa a dissecação aórtica.

Eu: E... E o que pode ser feito para ser tratado? Medicação, cirurgia?

Luciana: Inicialmente vamos tratar com medicação, com betabloqueadores específicos para a idade dela. Ela é muito pequena, então vamos evitar que ela passe por uma cirurgia o máximo possível com betabloqueadores, e se precisar de uma cirurgia, ela fará um reparo na válvula cardíaca ou substituição dela. É uma doença hereditária. A Nina é irmã de sangue da Bela, seria bom, ela fazer exames também, ela pode ser portadora da síndrome e ainda não ter manifestado nada nela.

Eu: Meu Deus... Mas nunca ouvi dizer que ninguém da minha família tenha.

Liz: Pode ser do doador, as vezes nem ele sabe que tem a doença.

Luciana: Vou pedir um eletrocardiograma e uma tomografia pra Isabela também, marque assim que possível e traga pra mim. Se ela tiver a mesma síndrome, vamos trata-la desde já.

Eu:Ok... – elasme explicaram tudo, passou a receita e fui embora depois que ela foi medicadajá no hospital.