PRISCILLA NARRANDO...
MENINO... Vamos ter um menino... Nossa felicidade estava mais que completa, estava transbordando. Vamos ter um menino, nosso Theo. O nome dele, decidimos na semana do carnaval em que estávamos sozinhas em casa. Pensamos em tantos nomes e o escolhido foi Theo se fosse menino e Helena se fosse menina. Estavamos tão apaixonadas pelo nosso menininho. Era diferente saber que teríamos um menino depois de três meninas. No final de semana seguinte foi aniversário da Nicole, ela fez um churrasco lá em casa, tava calor, os amigos iam aproveitar a piscina, contratamos um buffet de churrasco. Minha mãe e meu irmão com minha cunhada vieram, meus sogros e meus cunhados também, nossos amigos. Nossa menina tava fazendo 20 anos. Ela não era mais uma garotinha. Aluna exemplar, muito responsável, temos muito orgulho dela. Foi um dia muito agradável. Durante a semana a Natalie e eu fomos falar com a arquiteta definir o quartinho do nosso filho, aproveitamos para fazer umas comprinhas pra ele, comprar umas roupas pra Nina também que está crescendo muito rápido. Alguns dias depois fui trabalhar depois passei no shopping comprei algumas coisas que eu estava precisando, eu sentia muito calor e não estava cabendo mais na minhas roupas, minha barriga tava crescendo muito rápido. Cheguei em casa e tava rolando um pequeno frenesi entre minhas filhas e minha esposa.
Eu: Cheguei... O que tá acontecendo aqui.
Nina: Mama a gente tem um cachorro. – falou super animada.
Eu: Não Nina, não temos um cachorro – eu não tinha entendido.
Bela: Temos sim, ele é lindo vem ver.
Eu: De onde saiu esse cachorro? – falei brava.
Nat: Eu o encontrei na entrada do condomínio dentro de uma sacola amor. Demos banho nele, pedi ração no pet shop, amanhã vou leva-lo pra ser examinado. Ele não é fofinho? – falava animada. Era um vira lata.
Eu: Natalie... Um cachorro... É sério isso?
Nat: Amor ele é lindo se chama Douglas.
Eu: Um cachorro... chamado Douglas?
Nick: É mãe, mais um garoto aqui pra casa.
Eu: Vocês são inacreditáveis.
Subi para o quarto coloquei as sacolas na cama e fui tomar banho, tava morrendo de calor. Quando sai me sequei, coloquei um vestido fresquinho a Natalie tava sentada na cama.
Nat: Tá brava?
Eu: Um cachorro Natalie?
Nat: Eu não podia deixa-lo na rua. É só um filhote. – fez bico.
Eu: Você parece criança as vezes sabia? – dei um beijo nela. – Eduquem ele, não quero saber de cachorro comendo meus móveis.
Nat: Ele não vai comer, a gente vai ensiná-lo a fazer tudo nos lugares certos, e todas nós vamos cuidar dele. – coloquei a mão nas costas e gemi.
Eu: Hum...
Nat: Tudo bem?
Eu: Esse garotinho tá me chutando horrores hoje... Tem horas que doi.
Nat: Deixa fazer uma massagem vem – eu me sentei na cama e ela fazia massagem, era incrível o conforto.
Eu: Tava pensando... Que acha de parto natural em casa? – ela parou a massagem.
Nat: Não... De jeito nenhum Priscilla. – falou nervosa.
Eu: Por que não amor? Tantas mulheres fazem isso, porque eu não posso?
Nat: As mulheres dos outros, não a minha. A gente vai ter esse bebê no hospital, dentro de uma banheira, debaixo do chuveiro, no chão, na cama, humanizado como quiser, mas não nessa casa.
Eu: E que diferença faz aqui ou no hospital Natalie?
Nat: Se acontecer qualquer coisa, por mínima que seja, teremos equipamentos, inúmeros médicos, enfermeiros e remédios pra socorrer. Se for preciso, até fazer vocês dois brilharem no escuro, no hospital vai ser possível mas em casa não amor. A Nicole tá saindo da paranoia dela agora de ter um irmão, de tanto medo de te perder, nem pense em ter esse bebê em casa. – ela ficou nervosa.
Eu: Hei... tudo bem, foi só uma ideia. – virei e a beijei. – Eu estou com fome.
Nat: Vamos descer, vou colocar a lasanha no forno.
Eu: Hum que delicia... Lasanha... – desci com ela, as meninas ainda brincavam com o Douglas. Fui conhecer melhor o pequeno e ele era um filhote vira latinha bem bonitinho. Ele ficou com medo quando me viu, acho que eu o assustei quando cheguei. – Hei rapazinho... Bem vindo... só não coma meus móveis e nem faça xixi nos meus tapetes ok? – ele tava cheirosinho, as meninas deram banho nele. Ele deitou no meu colo. Fiz carinho nele um tempo logo fui me lavar para ajudar a Natalie. No dia seguinte a Natalie o levou ao veterinário e voltou com caminha, casinha, vasilhas para comida e água, coleiras, brinquedos, e pronto... temos mais um filho, com cartão de vacina e tudo chamado Douglas Smith Pugliese. Ai, ai...
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NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.
FanfictionA maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que...