ISABELA NARRANDO...
Raíssa... Esse era o nome da minha felicidade e da minha perdição ao mesmo tempo. Ela era nova no colégio, começou a estudar lá em agosto e logo fizemos amizade. Ela era linda, loira, com mechas pretas no cabelo, estilo meio emo. Ela era linda e em pouco tempo se tornou popular na escola. Passamos o tempo todo juntas, e com isso ela acabou entrando para o vôlei do colégio. Ela era muito boa, mas ficou duas semanas apenas, disse que não era pra ela. Um dia ela matou aula no banheiro e quando entrei ela estava lá sentada num dos boxes. Fui ver se estava tudo bem e ela estava cheirando alguma coisa. Era cocaína. Ela me ofereceu, mas eu não quis, então ela disse que tinha algo mais fraco que não viciava e me deu, era lança perfume, popularmente conhecido como loló. Depois daquele dia eu não parei mais. Ela insistia para que eu usasse cocaína, mas eu sempre recusava. As vezes fumava maconha com ela, bem de vez em quando, afinal, minhas mães não são idiotas, elas poderiam perceber. Meu estilo começou a mudar, eu comecei a me maquiar para ir para o colégio coisa que eu não fazia antes, minhas notas caíram muito e minhas mães já tinham chamado minha atenção quanto a isso e eu havia prometido mudar, mas nada mudou. Era semana do saco cheio, a gente teria mais 3 dias de aula e depois o restante seria folga e iriamos para um acampamento bem legal que íamos todos os anos. Eu matei aula com a Raíssa, era o ultimo horário. A alguns dias ela vinha dizendo que queria se vingar de algumas pessoas do colégio pelas chacotas, ela era bastante zoada por um grupinho pelo estilo dela, e eu sempre a defendia como eu podia. Eu só não sabia que a vingança dela, me atingiria também. Tínhamos dois intervalos, um as 9:30 e outro as 11 horas e a aula acabava as 13 horas. No intervalo das 11 horas ela passou por uma mesa e vi que ela colocou algo os copos. Eram 6 copos, os alunos estavam comprando lanche e tinham deixado os copos com suco na mesa para marcar lugar.
Eu: O que você fez?
Raíssa: Eu? Nada ué... – riu.
Eu: Raíssa, o que colocou no copo deles?
Raíssa: Eu não coloquei nada. Ou melhor, coloquei um pouco de alegria no copo deles.
Eu: Isso ainda vai sair do controle hein – falei em tom de repreensão. – Vou pegar um sanduíche. – sai da mesa e voltei. Eu comi tomei meu suco e logo ela me chamou, fomos para o lugar que matávamos aula.
Raíssa: Cheira... é uma nova formula...
Eu: O que tem aqui Raíssa?
Raíssa: É o de sempre só que um pouco mais forte, relaxa Isabela você tá muito tensa, não vai dar em nada credo. Você tá fresca demais sabia? – ficamos ali por 40 minutos. Voltamos pra sala quando o sinal tocou eu não me sentia bem. Aquele barato que o loló dava, não estava passando e o efeito era sempre muito rápido. O pouco que eu conseguia raciocinar eu sabia que tinha algo de errado.
Eu: Raíssa... O que tinha naquilo?
Raíssa: Deixa de ser mole, não tinha nada demais. – eu vomitei na sala. A professora se aproximou e logo me tirou da sala. Eu não ouvia nada, eu não falava nada, eu estava completamente fora de órbita. Só me lembro de apagar por alguns instantes e acordar com a minha irmã me sacudindo perguntando o que eu fiz. Ela me colocou no carro e me levou pra casa e quando entrei eu vomitei de novo.
Nick: Isabela o que você tomou? Olhou pra mim? – segurava meu rosto.
Eu: Só baforei.
Nick: O que você baforou Isabela? – ela tava muito nervosa.
Eu: Loló...
Nick: O... O que? Você tá ficando maluca? – me jogou no sofá e a ouvi ligar pra minha mãe.
Eu: Vai dizer... que nunca fez isso?
Nick: Não, eu nunca fiz, porque eu não sou burra Isabela. - falava nervosa. A Rose logo veio me dando água, eu não conseguia me manter acordada e a minha irmã me batia falando pra ficar acordada. Minha mãe chegou, falou alguma coisa que eu não entendi e eu apaguei novamente dessa vez acordando no hospital.
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NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.
FanfictionA maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que...