Henry voltou pra casa atordoado com a mulher que viu na floresta. Quem seria ela? O que estava fazendo ali sozinha? Como a mira dela é perfeita?
Essas e outras milhares de perguntas vieram a cabeça de Henry. Todas, sem respostas. Pra manter as aparências, o Duque teve que comparecer ao baile de lady Crauford.
chato como os outros, pensou ele
Logo que chegou ao baile, foi cercado por mães querendo casar a suas filhas.Tudo na normalidade até...
Ele viu a menina. Da floresta. Ela estava sentada em uma cadeira, usava um vestido Verde, combinava perfeitamente com seu cabelo ruivo, o vestido tinha um decote deixando o colo exposto, seus cabelos estavam soltos em cascatas de cachos pelos seus ombros.
O vestido dava um brilho em sua pele. Ele fez a coisa mais inesperada que já tinha feito. Andou até ela.
Elizabeth estava sentada com a governanta ao seu lado quando ela viu o seu maior pesadelo. O homem que a tinha visto na floresta andava ali. E andando na sua direção.
Não. Nao. Não.
- Me daria a honra desta dança - perguntou ele meio sem jeito.
Ela começou a balançar em sinal de negativa.
- Claro que ela quer - respondeu a governanta dando um cotovelada nas costelas de Elizabeth. Ela olhou pra sra. Havany com olhos implorando por misericórdia.
- Ande logo- falou ela entre dentes
Como não tinha outra escolha, foi com o desconhecido.Se fosse pra cair, seria com a cabeça erguida.
Quando chegaram a pista de dança, Elizabeth foi logo ao ponto.
- Você vai contar?
- O que?- perguntou ele confuso.
- Não se faça de desentendido - falou ela com raiva.
Ele ficou um minuto em silêncio, pensando.
- Como aprendeu a atirar daquele jeito? - ele perguntou curioso.
- Uma pessoa me ensinou - falou ela. Elizabeth não queria expor a irmã.
- Quem é você? - ela perguntou esperando se desviar do assunto.
- Sou o Duque Henry Gagnon, lady.
Meu deus ele era um Duque!
- E você?- ele perguntou.
- Lady Elizabeth Lewis.
- É um prazer- falou ele sorrindo.
- Você vai contar? - perguntou ela com a voz rouca.
- Claro que não - Elizabeth respirou fundo, aliviada.
- Desde que me ensine.
- Como disse? - perguntou ela depois de um minuto inteiro.
Ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo.
- Quero que você me ensine a ser mais....hm.... - ele procurou a palavra certa - homem - falou sem graça.
Ela riu, mesmo com aquilo tudo conseguiu sorrir.
- Você é um homem - respondeu ela.
- Sim....Sim...mas. Aí meu deus como eu te digo isso.... eu quero parecer mais homem.- Continue - falou ela com interesse.
- Eu sempre fui um menino quieto, desde o nascimento. Eu sempre prefiri ficar em casa ler, montar quebra cabeças, estudar... em fim, quando meu pai morreu, eu tive que assumir o posto de Duque e com isso vinha as responsabilidades. Como vir a festas, dar festas, me casar. Mas como eu vou fazer isso se não consigo nem caçar?
Ela estava olhando com atenção pra ele.
- Você não precisa saber caçar ou dar festas. O senhor não vai ser feliz assim. Você tem que ser você mesmo - ela falou com a voz muito seria.
- Como a senhorita? - perguntou ele.
Ela lhe deu um sorriso triste.
- Ser mulher não colabora. Eu queria ser feliz do meu jeito sabe? Eu daria tudo pra ser quem eu sou - falou ela com lágrimas nos olhos.
- Desculpe - ele falou rapidamente - Eu juro que não queria te fazer chorar eu só...
- Eu sei - ela interrompeu ele.
- Mas se o senhor quer tanto aprender... Quem sou eu pra discutir não é?
A música acabou e ele se separavam.
Ele deixou um beijo casto na mão de Elizabeth, o que lhe causou arrepios pelo corpo.
Quando ele se levantou, Elizabeth disse:
- Vamos treinar na mata amanhã as 5
- Da tarde?
Ela bem nos olhos dele e respondeu:
- Não .
Ela foi se retirando, mas ele perguntou mesmo assim:
- Como a acho no meio da mata?
Ela sorriu e falou por cima do ombro:
- Você não me acha. Eu te acho
JE LEEST
as irmãs Lewis
Romantiekapós a morte de lady Manuela, suas quatro filhas - Laura, Lyana, Elizabeth, Arabella - tem que se virar sozinhas com a ajuda da governanta Havany, já que seu pai nunca ligou muito para elas. já adultas cada uma irá viver seu próprio romance.