Long before I knew.

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Pov Harry

Pulei para fora do carro e agarrei a mão dela, sem sequer olhar para trás. Lauren não fazia ideia de onde iríamos enquanto eu a guiava com tanta pressa que quase sentia meus pulmões pulando dentro de mim.

-Oh meu deus é uma arena, nós viemos a um show!

Disse animada e com gostinho de quem estava prestes a encontrar um tesouro perdido ou algo assim.

Gargalhei alto me espremendo no meio dos carros, naquele estacionamento que mais parecia uma pista de corrida de tão longo.

Era fim de tarde e os raios de sol começavam a se derreter em tons alaranjados e rosados, refletindo em nós e dando luzes para toda a parte da cidade que podíamos ver dali.

Duas horas atrás eu pedi para que ela colocasse uma roupa que a fizesse se sentir bem, porque hoje nós iríamos ser felizes e ter um bom momento.

-Ok... eu vejo pessoas de todas as idades.

Lauren disse. Eu não havia dito aonde iríamos e, agora que ela já sabia, não sabia quem iríamos ver. Lauren colocou calça jeans preta bem justa ao corpo dela, com aberturas nos joelhos, uma bota pequena preta e uma camiseta de manga listrada. Eu um jeans preto, uma camisa rosa e por cima uma jaqueta preta que tinha comprimento até os meus joelhos.

Ela ria atrás de mim e eu ria de ansiedade para entrar logo e pegarmos nossos lugares. Não era sempre que momentos como aqueles batiam em minha porta de oportunidades.

-Harry! Me fala por favor.

-Não senhora, você vai ter que adivinhar.

Me virei para trás, sorrindo.

-Não são só pessoas jovens ou só pessoas mais velhas, já percebi. Então é uma banda das que você gosta, certo?

Sorri. Eu tentava tanto não sorrir, mas simplesmente não conseguia parar. Puxei-a com mais pressa e começamos a ultrapassar as pessoas, direto para a entrada.

-Só pode ser Shania Twain, definitivamente ela.

-Não e não.

Neguei, vê-la adivinhar seria divertido. Lauren estava genuinamente feliz, bem feliz. Ela mal conseguia falar de tanto que ria com a situação.

-Fleetwood Mac ou Bring me the Horizon!

-Tá longe!

Gritei com friozinho na barriga. Esbarramos em algumas pessoas, mostramos nossas identidades e estávamos entrando.

Eu sentia tanta ansiedade e vontade de estar ali naquele momento. Eu sentia minhas mãos geladas e minha garganta seca, mesmo sabendo que eu a usaria até que clamasse por misericórdia.

E, no meio de toda a minha euforia, havia a garota mais bonita do mundo. As vezes eu olhava para trás e pedia para que ela viesse mais rápido; e então podia ver o cabelo longo balançando de lá para cá pelos movimentos, o sorriso curioso crescendo à proporções incríveis, os olhos atentos e o aperto em minhas mãos me dizendo que eu estava vivo. Mais vivo do que nunca.

Como você diz à garota mais bonita do mundo que o sorriso dela é a coisa mais contagiante que você já experimentou?

Ela fazia as substâncias químicas do meu cérebro enlouquecerem e sorrirem de volta. Toda vez.

Como você diz à garota mais bonita do mundo que você ama as menores partes sobre ela? Como o sotaque, a risada e a ansiedade que percorria suas veias?

End Of The Day - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora