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Pov Harry

Los Angeles, meia noite e trinta.

Sessenta graus Fahrenheit.

Dezesseis graus Celsius.

Trinta minutos desde a estreia.

Quatro milhões de visualizações.

4,6 milhões de reproduções.

Terceiro lugar global.

Centenas de notificações.

Estes eram os números que deslumbravam meus olhos na primeira hora de estreia.

À minha direita, Lauren cantarolando agarrada à Linz. À minha esquerda, Mary e noventa por cento da minha equipe lutando contra ligações e notificações incansáveis.

-Como estamos? Como estamos? -perguntei-

-Isso é muito louco, estamos nos esforçando.

Mary tirou um segundo para me responder, voltando os olhos para suas telas.

-Cinco milhões, é um recorde!

Mike gritou da ponta da grande mesa.

-Terminou de editar a merchandise? Precisamos posta-las em uma hora.

Tim gritou de volta.

-Estou com os Vinis pessoal, postaremos junto com a coleção.

-Certo! -Mary respondeu checando seu relógio de pulso-

-Quantas entrevistas?

-Três e contando.

Arregalei os olhos.

-4,8 milhões na plataforma de música!

Naquele momento eu tinha certeza que as cabeças deles operavam como máquinas. Eram dez MacBooks abertos e cem dedos digitando incessantemente. Eles gritavam números um para o outro, agendavam entrevistas, comemoravam recordes batidos, me chacoalhavam de vez em sempre e no fim aquela equipe sempre acabava fazendo uma grande festa aonde quer que estivessem.

Caminhei para o centro da sala de televisão e puxei Lauren para mim, substituindo Linz.

-Isso casal! Isso!

Ela nos encorajava. Eu girava Lauren para todos os lados e eles batiam palmas, como se estivéssemos protagonizando um grandioso número de dança. Ela ria e ria.

-Nós temos entrevistas! Eu vou falar!

Tentei aumentar o tom de voz a fim de sobressair a minha própria tocando no fundo.

-Tem certeza?

Li seus lábios quase ocultos por mechas bagunçadas.

-Estamos juntos por seis meses! -a rodopiei e inclinei para baixo, finalizando com todo o peso de seu corpo em meus braços- Eu quero que seja diferente.

Lauren ergueu seu corpo lentamente e, mesmo em meio a tantas vozes, ainda pude ouvi-la dizer que me amava.

Nossa noite terminara assim então.

Metade havia dormindo lá, a outra metade estava bêbada demais para sequer perceber que havia de fato dormido e... eu? Feliz demais para fechar os olhos.

Mary havia atualizado todo o meu calendário de compromissos, confirmando o primeiro às dez da manhã. Como o instruído, entramos apenas nós dois para um dos quartos de visitas e permanecemos lá para a realização da primeira entrevista via ligação de vídeo.

End Of The Day - 2Where stories live. Discover now