Coração de Gelo - Livro II

Cap 10

Desanimada estou, poxa gente tá tão difícil assim de bater a meta?

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Rafa;

Sentei no banco do passageiro da viatura e terminei de prender o cabelo.

Suspirei e encarei o comandante da BOPE, o cara insistiu que eu fosse com ele.

Rafa: Então? - encarei ele colocando o cinto - Eu não sou burra, oque você tá querendo Comandante?

Comandante: Se não é tão burra, já devia saber oque estou querendo - deu risada.

Rafa: Se eu soubesse, não tava aqui perdendo o meu tempo.

Comandante: E nem arriscando a vida do filho do Bruno, ou daquele traficante de merda. Gw né?

Dei risada e ele ligou o carro.

Rafa: Então o senhor quer saber sobre o Gw. Então vai, lança as perguntas.

Comandante: Nós temos uma coisa em comum, assim como você tenho uma história com ele. Me conte a de vocês.

Rafa: A gente ficou junto por um tempo, mas acabou quando descobri que ele teve envolvimento na morte de pessoas importantes pra mim.

Comandante: Interessante, a nossa história é mais complicada. Já fiz parte desse mundo do crime, hoje tô na BOPE mas não porque quero. Pega uma parada de foto aí.

Abri o porta luvas e peguei um bolo de fotos.

Comandante: Não vamos pra essa porcaria de missão, vou te levar pra um lugar mais interessante.

Agora entendi o por que de sairmos antes.

Rafa: Vai me levar pra algum motel? - dei risada da cara que ele fez - Você é velho, mas ainda deve fazer alguma coisa.

Comandante: Eu passo. Vou te levar pra Fernando de Noronha, tenho uma casa lá.

Rafa: Assim do nada? - abri a janela da porta - Tá aprontando o que cara?

Ele deu risada e bateu os dedos no volante.

Comandante: Só Deus sabe Rafaella, só ele sabe - falou rindo - Me conta mais da tua família, quem foi que o Gw matou?

Rafa: Tá querendo saber demais Comandante, enquanto eu não souber quais são os seus reais interesses a minha boca vai ser um túmulo.

Comandante: Temos um problema, se você não fala eu também não falo. Qual vai ser?

Rafa: Me acorda quando a gente chegar, não dormi direito hoje - soltei meu cabelo e ajeitei o banco pra eu poder deitar.

Não demorou muito, foi só eu me encostar no banco que dormi.

...

Saí do carro e caminhei pela calçada até chegar na porta da casa.

E porra, que casa maravilhosa.

Passei pela porta e olhei a sala enorme, eu com uma sala dessa não precisava nem de vida social.

Sentei no sofá e tirei a minha bota, estiquei minhas pernas colocando em cima do sofá e encarei ele.

Rafa: E lá vamos nós outra vez, oque você quer? - cruzei os braços.

Comandante: Oque eu quero? A pergunta não é essa, a pergunta é o que você quer Rafaella?

Rafa: Eu não estou te entendo, manda o português claro - bufei e ele riu debochado.

Comandante: Rafinha, você sabe doque eu tô falando - neguei - Eu estou falando sobre o seu tio e o seu vô. MR e FP, tô certo?

Encarei ele de cima a baixo e ele apenas sorria com deboche.

Comandante: E então? O que você quer? Vingança, sangue derramado ou a morte dos culpados?

Rafa: O pacote completo, só que eu ainda não tô te entendendo. Se já sabe oque eu quero, pra que todo esse interrogatório?

Comandante: Nós dois temos mais coisas em comum doque você imagina.

Rafa: Você tá cansando a minha beleza, diz logo de uma vez o que você quer.

Revirei os olhos impaciente, esse cara fala demais.

Comandante: O que mais importa pra você Rafinha?

Rafa: Olha sinceramente, eu cansei. Desembucha de uma vez ou eu vou embora. Paciência zero.

Comandante: Assim como você, eu quero o bem da minha família. Se fosse comigo, também ia querer a morte dos envolvidos.

Rafa: Qualquer um ia querer, isso é óbvio. Eu vou embora, não posso te ajudar se não me dizer o que quer.

Comandante: LR é o vulgo de quem atirou - encarei ele - Era isso que tu queria, não era?

Engoli em seco e meu coração bateu mil vezes mais rápido.

Rafa: E por que eu devo acreditar em você? - suspirei balançando a cabeça.

Comandante: Porque se você souber a verdade, saí todo mundo ganhando. E você acaba com essa vingança de merda.

Rafa: Eu não acredito em você, em nada doque você diz - ele assentiu - E agora me responde uma coisa, pra quê você tá me contando isso?

Ele levantou e encheu dois copos com Whisky, sentou do meu lado e me deu um dos copos.

Comandante: Te contei a verdade, espero que agora você esqueça essa história de matar meu filho - encarei ele sem reação - Como eu disse, temos muito em comum. Rafinha.

....

NÃO REVISADO.