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Bruno

Ok.

Beatriz está em perigo e eu não sei o que fazer.

Meu único extinto foi me levantar apressadamente e correr até a casa da mãe dela. Para chamar a polícia ou qualquer coisa parecida.

- O que?? - Dona Rose coloca as mãos sobre a boca. - vou ligar para a polícia. - a mesma pega o celular e começa a discar os três números.

- Por isso que Nicolas não nos deixava falar com ela. Ele sempre dizia que ela estava dormindo ou muito cansada, devia ter prestado mais atenção. - Clystoff diz irritado.

- Eu não entendo. Ele era tão bom pra ela, e teve um momento em que nós estávamos começando a nos dar bem. - digo e me lembro do dia em que Beatriz fez o convite para que eu fosse o padrinho do bebê. Nicolas concordou, com sua cara feia. Mas ainda assim concordou e de uma forma ou de outra iríamos tentar nos da bem.

Não entendo por que ele agora começou a maltratá-la. Não irei permitir que o mesmo a machuque.

- A polícia estar a caminho. - Dona Rose desliga. - vamos. - pega o casaco e abre a porta.

- Vai assim de pijama? - Clystoff pergunta a sua mãe parando no meio da sala.

- Iria até nua para salvar a sua irmã. - responde.

Por um azar, Nicolas e mais ninguém se encontravam na casa. Tudo estava completamente vazio, havia somente um funcionário, o motorista.

- Sabe pra onde eles foram? - pergunto.

- Não posso passar essa informação, senhor Nicolas me deu uma ordem. - ele disse calmamente.

Agarro a gola de sua camisa com raiva, Clsytoff tenta interferir, porém eu estava com ódio.

- Quer ser cúmplice daquele maldito? - falo com raiva. - vai me dizer agora mesmo onde eles estão.

- Não posso, tenho aquele garoto como um filho. - diz.

Me afasto do maldito com raiva.

Eu falhei na missão de protegê-la, falhei com relação a meus sentimentos por ela. Jamais deveria ter ido embora e jamais deveria ter colocado uma pessoa que não tinha nada a ver no meio disso. Gabriela não merecia, apesar de tudo.

Os policias falavam pelo rádio, me sentei sobre a calçada da rua e abaixei minha cabeça. Me sentia culpado e de certa forma, eu era culpado.

- Uma jovem grávida de aparentemente 19 para 20 anos, foi vista no aeroporto Internacional de Abreu e Lima. E ela tem todas as características descritas por vocês. - um dos guardas policias fala. Levanto minha cabeça ligeiro.

- O que estamos esperando? - pergunto. - vamos logo, antes que aquele filho da mãe a leve para longe.

Beatriz

Eu estava desesperada.

Nicolas disse que se eu gritasse ou fizesse qualquer coisa que chamasse a atenção, Bruno pagaria.

Não entendo do por que disso tudo.

- Em menos de vinte minutos nós dois iremos embora. - beija minha bochecha. - Beatriz, escute. Eu te amo, e eu de verdade não queria estar agindo assim. Deveria deixar você tomar suas próprias decisões, mas nenhuma dessas decisões tinham eu no meio. Então eu tive que interferir, pro bem de todos nós.

- Você só é somente o pai da minha filha, nada mais que isso. - respondo.

- Você irá se apaixonar por mim de novo. - pega na minha mão, engoli o choro, estou pagando por tudo que fiz. Meu Deus esse é o meu castigo?

O nosso vôo é avisado no painel, Nicolas pega minha bolsa de mão e agarra com força a minha mão. Senti meu corpo gelar e minhas pernas não queriam me obedecer, não consegui andar. Apenas fiquei em pé paralisada.

- Vamos! - Nicolas me olha sério - sem gracinhas Beatriz. Não temos tempo pra isso. - tenta me puxar novamente, porém eu não o obedeço.

- Parado! - uma voz masculina grita. Nicolas e eu olhamos para a voz e vimos o guarda correr até nós. As pessoas olhavam a cena curiosas.

- Merda. - Nicolas exclama e corre para longe me deixando sozinha, porém um homem alto o parou, imobilizando Nicolas no chão.

Continuo parada, não sabendo o que fazer. Sinto meu coração cada vez mais acelerado, alguém toca em meu ombro. Não me mexi para ver quem era, mas eu soube pela voz de que tudo iria ficar bem, que era meu melhor amigo vindo me socorrer.

- Bea, bea você tá bem? - Bruno pergunta segurando em meu rosto com as duas mãos. Apenas concordo.

- Filha - mamãe me abraça. - me desculpe não ter notado. Me desculpe. - me aperta em seus braços. - eu sou uma péssima mãe.

- Mãe, eu tô bem. - a abraço. - só não me esmaga, tá legal? - digo. Mamãe sorrir e me solta de seu abraço.

Clystoff me abraça sem dizer nada. Vejo Nicolas ser algemado e sendo levado para fora. Apesar de tudo, não queria que ele fosse preso. E não queria ter que ver o pai da minha filha na cadeia, mais a gente colhe o que planta.

Hoje é um novo dia, minhas duas melhores amigas estão aqui em casa comigo. Junto do meu sobrinho, Cláudio.

- Amiga porque você não contou? - Fernanda  pergunta.

- Como ela ia contar sua anta? Esqueceu que o psicopata do Nicolas estava a mantendo presa? - Denise pergunta irrita.

Começo a rir com elas duas, era bom ter elas aqui para me distrair de tudo que aconteceu ontem.

- Que foi amiga? - pergunto, Cláudio estava em meus braços puxando meus cabelos.

- Meus peitos estão doloridos. - choraminga. - esse negócio de amamentar tá acabando comigo. - Fernanda e eu nos entreolhamos e começamos a rir da situação.

- Você é a próxima. - Denise diz e eu paro de rir na hora.

Não parei para pensar em como minha vida irá ser a partir de agora. Serei mãe solteira e terei que cuidar da minha filha sozinha, é claro que terei a ajuda da minha mãe e até do mala do Clystoff. Mas ainda assim, será somente eu.

E isso me assusta.

- Ei, vai ficar tudo bem. - Fernanda diz.

- Eu sei. - suspiro.

Bruno entrou no quarto, se jogou na minha cama como sempre fazia e deitou sua cabeça em minhas pernas.

- Posso conversar com você a sós? - pergunta. Denise e Fernanda disseram que iriam até a cozinhar preparar algo para comer, Cláudio continuou em meus braços.

- Já sabe o que vai fazer? - Bruno pergunta e eu faço uma expressão com as mãos de mais ou menos.

- A única certeza que tenho por enquanto é que irei pedi o divórcio. Fora isso, tô completamente perdida - confesso.

- Eu posso assumir sua filha, como se fosse minha. - Bruno diz.

Ainda amo você Where stories live. Discover now