Capítulo 88 - Eu vou voltar

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(...)
- Graças à Deus você está com ela.
Patrick dizia ainda assustado e confuso com o que ela faria ali.
Como teria ficado sabendo do casamento? E da data?
- É, mas porque não avisou?
Ellen diz nervosa e pega a menina com toda a força do colo da mulher à sua frente antes mesmo de ouvir alguma resposta.
- Porque eu não preciso querida. É simples, e fácil de entender, até mesmo para você.
Ela é a minha filha, você se lembra?
Sei que vocês brincam de casinha, mas ela é minha filha, e honestamente agora que sei que vocês tem outras coisas pra cuidar, como as gêmeas que trataram de ter quando eu sai, ou o descuido que evidentemente vocês tem com a minha filhinha de só 5 anos.. sinceramente não sei se posso, ou se ainda quero deixar ela com vocês.
Ri.
- E sei, que nenhum juiz vai gostar disso.
Continuava enquanto ambos se olhavam embasbacados com a cena em sua frente.
Quem era aquela?
O que havia a feito voltar a ser a víbora manipuladora de antes de sua partida.
- O que você está fazendo? O quê você estava pensando, não pode fazer isso..
Patrick diz exasperado.
- Eu posso.
Diz enquanto um policial se aproxima.
— Espera —
O senhor alto e magro diz.
— A senhora é a mãe? —
- Não!
Patrick diz de pronto. Irritado.
- Sim! Quer ver os documentos?
Dizia remexendo a enorme bolsa marrom que segurava.
- Sim.. ela é a mãe, biológica e tecnicamente, mas ela não é mãe, ela largou a filha aqui por quase dois anos, ela.. ela nunca ligou, nem mesmo no aniversário.. e ela havia prometido.
Não havia Jill?
Ele diz duro e ela apenas o olhava.
O polícia fazia uma careta como quem diz "que bando de loucos" e logo vai embora com todas as viaturas.
- Eu vou alegar, o que de fato é verdade, que eu não estava bem. Não mentalmente.. quando assinei a papelada.. e bom, você sabe.. vão anular.
Eu sofri um acidente, fiquei em coma por semanas.. não deveria ter assinado nada e você e sua 'amantezinha' se aproveitaram da minha pobre situação. Tudo para ficar com a minha menina, a minha filha.
Dizia calmamente e ambos estavam em silêncio, como se não conseguissem digerir tudo aquilo.
Por quê?
Por quê agora?
- Lave a sua boca pra falar da minha mulher.
Foi só o que Patrick conseguiu lhe responder.
- Sua mulher? Sua mulher sou eu.
Ria novamente, estava fora de si.
- Você é louca, completamente louca e eu não acredito que estamos voltando a isso.
— Você não vai falar assim com ela, tá entendendo? Quem você pensa que é?—
Cristina dizia indo pra cima.
Mas Leo a segura rapidamente.
"Calma. Por favor."
Ellen dizia chorando a amiga, seus olhos avermelhados e manchados pela maquiagem de mais cedo.. (que supostamente deveria ser a prova d'água, e talvez fosse, mas a prova d'água era uma coisa, a prova de rios, cachoeiras e enchentes, era outra totalmente diferente.)
Seu semblante era de pura dor.
- Aproveitem o restante da noite.
Dizia já saindo. E com uma expressão vitoriosa.
- Por favor não faça isso.. eu te imploro.
A voz de Patrick saia fraca.
- Tchau querido, - lhe deu um beijo longo no rosto- desejo meus mais felizes votos ao doce casal.
Soou como uma vilã de novela mexicana, o que talvez fosse o seu intuito, vai saber, se fosse, seria com certeza 1x0 pra Jill.
- Tchau filha.. eu vou voltar.
Emma a olhava assustada, grudada firmemente no pescoço de Ellen.
"Bruxa" Cristina grita.
Um risinho de fundo se faz presente, ainda que não se saiba de quem tenha vindo.
"E eu que achei que você tivesse se regenerado.. que tolo. "
Patrick diz a si e ela em um piscar de olhos se fora.
Eles então não sabiam quando, e nem como.. mas sabiam que não acabaria ali.
Com certeza não.
"Eu vou voltar.. eu vou voltar... eu vou voltar... eu vou voltar...."
(...)

— Ellen?! Ellen?

Reta final em pessoal!! 😅

Meu Universo ParticularWhere stories live. Discover now