Capítulo 99 - Bem-vindo a vida, meu filho

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Estavam todos no hospital.
Os meses voaram e o pequeno Noah, chegaria a qualquer momento.
Sim, dessa vez seriam pais de um menino.
Ellen estava enorme e com os pés muito inchados.
Havia tido desejos insanos como melancia com mel ou chocolate branco e mostarda amarela mas tudo valeria a pena, ela sabia, já havia valido.
Olhando em retrospecto, apesar de toda a loucura e de ter mais um bebê, ou seja, —ter quatro bebês em menos de dois anos de casamento.. — sabia que nunca havia sido mais feliz.
Amy e Link já tinham dado entrada no pedido de adoção e alguns meses depois receberam a pequena Jasmine. Ela tinha 6 anos e havia ficado órfã após um acidente de carro quando tinha apenas 1. Como única sobrevivente e sem outros parentes vivos fora para o orfanato ainda bebê. E com o passar dos anos, aprendeu a deixar de esperar por pais. Ainda que sempre os pedisse em cartinhas para o bom velhinho no fim de cada ano, desde que aprendera a falar.
Mas, Amy e Link eram os pais que ela não imaginava que ganharia do papai Noel, e os melhores pais que ela poderia ter, estava feliz como nunca havia sido, como eles. Que aliás, esperavam mais um, outra menina. E ter pais e uma irmãzinha era para Jasmine, melhor do que qualquer outra coisa que o papai Noel já lhe deu em outros anos.
Dona Carolyn estava muito feliz namorando firme com Miguel, o senhor do horticultura.
Lexie e Mark estavam cada vez mais unidos, ele a havia pedido em casamento no mês passado e ela, claro, lhe disse sim. Matteo passava mais e mais tempo com eles e Lexie estava cada vez mais apegada a ele, se davam bem como se fossem próximos a anos, e isso enchia o coração de Mark de alegria.
O que ainda não sabiam por ser cedo de mais era que Lexie estava grávida também e que logo teriam mais uma vida em seu ninho de amor.

☁️
Enquanto todos esperavam na sala branca e com cheiro de remédio e produtos de limpeza do hospital, Ellen começava a ter contrações importantes para a situação atual e sabia então que logo veria o rostinho de seu menino.
Patrick segurava em sua mão o tempo todo. Mesmo nos momentos em que ela a apertava tanto que parecia parar a circulação dos dedos do homem.
Ainda sim, ele não a soltava e sorria, fazendo de tudo para que ela soubesse que ele estava ali, e sempre estaria, e que naquele momento era o homem mais completo e realizado do mundo, à família lhe era tudo, a família que ela o deu.

☁️
Horas depois, Ellen estava fazendo força, empurrando e respirando fundo com muita dor como um dia já fizera, na esperança de logo encontrar seu pequeno. Agora faltava muito pouco.
Patrick a seu lado chorava tanto que seus olhos pareciam ter trocado de cor: do verde para o vermelho. A dizia coisas como "você consegue"
"falta pouco meu amor, você é tão forte" "ele está chegando, nosso menino."
Alguns minutos a mais e se ouvia o choro forte e estridente do menino.
Noah havia chego.
Ao olharem para o menino, sorriram um ao outro e Patrick lhe deu um suave beijo na testa suada que recostou junto à sua em seguida.
"Bem-vindo a vida, meu filho." Disse o homem emocionado, rindo e chorando, tudo ao mesmo tempo.. de mão dada com a esposa que sorria cansada enquanto lágrimas caiam sem parar.
Juntos, imaginavam como ele era lindo, e Ellen jurou que ele era a cara do pai.
Pensaram em tudo até ali, em sua grande trajetória, tudo que tinham realizado juntos e em como eram abençoados e só o que puderam fazer foi agradecer a Deus por tudo aquilo.
Tendo a certeza de que seria para sempre, o maior amor e o maior feito de suas vidas.
Não era assim o amor? Um grande feito, com escolhas e tropeços, mas que ao final do caminho, se fortalecia e a quem o tinha, tornando-se: tudo.
Tornando-se mágico, irrefutável, inabalável, invencível.
Tornando-se inquebrável. E o mais importante, tornando-se um, para sempre.

Meu Universo ParticularWhere stories live. Discover now