𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚

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CAPÍTULO PRIMEIRO

𝘎𝘰𝘥𝘳𝘪𝘤'𝘴 𝘏𝘰𝘭𝘭𝘰𝘸

31 de Outubro de 1981.

Rose e Harry

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COM CERTEZA aquela noite foi uma das mais tristes e marcantes no mundo bruxo. A chuva caia lá fora e um mau pressentimento apoderava-se de Lílian e James, o maior desejo deles era proteger seus filhos de Lord Voldemort.

Eles estavam de frente a lareira, James em pé, totalmente nervoso e cogitando as opções que tinham e Lílian sentada com Harry no colo, Rose estava em um berço ao lado de Lily, ela estava dormindo.

Já era de conhecimento de todos que James Potter iria se casar com Lilian Evans, desde o primeiro ano na escola ele foi apaixonado por ela, foram muito pedidos para sair e cantadas para que enfim Lily aceitasse. Eles são tão jovens, James se formou agora como auror e seus bebês tem apenas um ano. Desde a descoberta da profecia, Voldemort está querendo matar os bebês Potter.

-James? Você acha que ele vai nos encontrar? Quer dizer...confio nos nosso amigos, mas mesmo assim estou sentindo que algo ruim vai acontecer.

James a olhou com uma expressão totalmente nervosa, ele estava inquieto andando de um lado para o outro.

- Não sei lily, espero que nada ruim aconteça, não quero te perder e perder nossos filhos.

Houve um estrondo e Lílian e James puseram-se de pé com suas feições assustadas. James abraçou Lily, seu coração doía, lá estavam os olhos que fizeram-no se apaixonar, a mulher da sua vida, mãe dos seus filhos. Olhou para as crianças e disse, tentando esconder sua preocupação e juntando toda sua coragem:

- Lily, corra! Leve Rose e Harry para cima, vou tentar distraí-lo, Te amo e sempre vou te amar.- Ele já pressentia que não iria ter outra oportunidade de dizê-la isso. Uma lágrima solitária caiu.

Lílian olhou para ele como se fosse a última vez, lágrimas rolaram em seu rosto, ela o beijou e levou as crianças para o quarto, torcendo para que eles saiam dessa.

- Sempre te amarei James.

Lílian entrou no quarto correndo, escondeu Rose em uma cesta de roupas, já que ela dormia não precisou pedir para que se acalmasse.

- Rose, aguente firme, sei que você é forte, também sei que um dia você será uma bruxa muito poderosa, proteja seu irmão, Te amo com todo meu coração minha flor.

Deu um beijo e a olhou pela última vez. Correu até Harry que estava no berço e antes que pudesse escondê-lo, a porta foi aberta e Lord Voldemort entrou, derrubando tudo pela frente.

-Ora, Ora, Ora, saia da minha frente mulher tola, não vim com a pretensão de matá-la, apenas às crianças.

Lílian continuou parada em frente ao berço, lágrimas escorriam em seu rosto.

-Não! Não! Não mate-os, por favor, eu imploro, por favor

-Ora mulher, não seja burra, saia do meu caminho ou irei ser obrigado a matá-la, o que não será incomodo para mim, é claro.

Ele soltou uma risada e lançou um olhar frio para Lílian.

-Me mate, não a eles, por favor

E em apenas um feixe de luz verde, Lílian foi embora, ela protegeu seus filhos até onde conseguiu porém não pode fazer mais, agora os gêmeos estão sem pais. Voldemort ergueu sua varinha e lançou Avada Kedavra novamente essa noite, no entanto não houve efeito para a criança, deixou apena uma cicatriz em sua testa, já para Voldemort, causou-lhe sua fraqueza e queda. Harry estava aos prantos, Rose acordou e começou a chorar também, ela conseguia sentir a dor tristeza que se apoderava no local. Lily havia lançado um feitiço sob o cesto em que Rose estava, ninguém poderia vê-la, já Harry foi protegido pelo amor incondicional de sua mãe, ela os salvou.

Após um tempo, surgiu um homem muito alto e forte na casa dos Potter's, ao entrar na casa sentiu seu coração apertar, ele subiu as escadas a procura das crianças, mas para sua surpresa, encontrou apenas Harry em seu berço, chorando.

-Harry querido, não chore, está tudo bem. Onde está a pequena Rose?

Ele tentou procurar Rose, mas não a encontrou, então pegou Harry em seu colo e o levou para fora. Ao chegar na Rua dos Alfeneiros, número 4, Hagrid foi de encontro a um homem magro, de cabelos grandes e brancos igual a sua enorme barba, ele vestia roupas diferentes, tinham um toque mágico e encantador, seu nome era Dumbledore; ao seu lado tinha uma mulher, seus cabelos presos em um coque muito bem feito, vestia um chapéu pontudo de cor escura e um vestido longo muito elegante, seu nome era Minerva.

-Hagrid! aí está você.- disse Dumbledore, seu tom era de angústia e expectativa. Ele chegou mais perto dele juntamente de Minerva, eles olharam para o garotinho, tão pequeno e tão forte, os dois se entreolharam e depois perguntaram a Hagrid:

-Onde está a menina?- disse Minerva com um tom extremamente preocupado.

-Eu a procurei em todo lugar, mas não encontrei, imagino que ela tenha ido juntamente aos pais.- disse Hagrid em um tom choroso.

-Entendo.-disse Dumbledore reflexivo.

-Essa é a cicatriz?- disse Minerva observando o raio na testa do garoto, seu tom era assustado.

-É sim, quando cheguei ele já tinha.- disse Hagrid.

-Temos que deixá-lo com os tios, será mais seguro, Vamos.

-Posso me despedir dele antes professor?- disse Hagrid aos prantos.

-Claro, Claro, mas seja rápido, não podemos ficar aqui chamando atenção.

Hagrid deu um beijinho em sua testa e começou a se despedir chorando muito.

-Ora Hagrid, pare de chorar, está molhando toda criança.-disse Minerva.

-Pronto, podemos levá-lo.

Eles levaram-no até a porta da casa 4, o colocaram em frente a porta, Dumbledore colocou uma carta dentro do cesto em que o menino estava, na carta ele explicava toda situação e todos os cuidados que eles deveriam ter com Harry, então deixaram-no na porta dos Dursley's e foram embora.

Enquanto isso, na antiga casa dos Potters, encontrava-se uma pequena e doce menina, ela estava chorando. O efeito do feitiço já havia passado, então já podiam ver Rose no cesto. Uma mulher, alta, loira e elegante entrou na casa, ela era Diana White, uma das melhores amigas do casal, eles a conheceram quando Lily fez uma viagem a França, elas viraram amigas, e então sempre visitava eles em Londres. Ela começou a chorar quando encontrou o corpo de James e Lílian sem vida, ela estava totalmente desolada. Quando estava andando pelo quarto onde encontrou Lily, ela se deparou com um chorinho de criança e uma bela menina em um cesto, quando ela viu, não acreditou, então pegou-a em seu colo.

-Rose, mon ange, você está aqui- ela disse ainda com lágrimas no rosto-Vou levá-la comigo, não sei onde está seu irmão, vamos ter que nos virar sozinhas agora.-E então elas saíram da casa, rumo a França.