Capítulo 33 - Henry Willians

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P.O.V's Adryan Connor (Point Of View's Adryan Connor)

Ri do desespero de James. Não me sentia orgulhoso por minhas atitudes e escolhas, mas vê-lo sofrer é bom demais. Esse verme que me meteu nessa merda toda, ele merece!

P.O.V's Henry Willians (Point Of View's Henry Willians)

Até que aquele Connor não é tão inútil, afinal. - pensei -

- COMO VOCÊ PODE??? - Ouvi uma voz raivosa atrás de mim, que reconheci imediatamente. James. -

- Eu mandei você fazer. É tão fraco que o médico fez por você. Ele seria um filho muito melhor, com certeza. Pelo menos sabe cumprir ordens! - O encarei e ri -

- Você é um monstro! Ele era seu filho! - James me encarava com os olhos lacrimejando -

- Você também é, mas eu te mataria sem hesitar. Não faça muito disso. - Virei as costas e ouvi meu filho correndo, correndo atrás de mim -

James subiu em minhas costas e começou a me enforcar. Segurei seus braços que estavam ao redor do meu pescoço e o joguei para frente, o fazendo cair no chão.

- Fracasso, é o que você é. - Cuspi em sua direção e sai da sala, sem olhar para trás. -

Como pode? Meu filho ser tão fraco e inútil assim? Eu deveria ter dado um fim nele também, antes de incluí-lo nos negócios da família. Se algo acontecer com ele agora, será um sinal de fraqueza. Que merda, James!

Entrei em meu escritório e ouvi um barulho...

Triimm Triimm

Era o telefone. Arranquei-o da mesa com raiva e atendi:

- Alô? - Falei enraivecido -

- Nossa encomenda tá pronta? Precisamos de pelo menos um pulmão amanhã, patrão. - a voz do outro lado era séria. Pertencia a Caleb, um dos caras que comprava órgãos de mim. -

- Sim. Tenho vários corpos inteirinhos pra você, Caleb. Te vejo no ponto de encontro ás 23? - peguei uma caneta da mesa e comecei a girar entre meus dedos, para passar o tempo -

- Não. As 3, da madrugada. Ouvi uns relatos que estão te caçando, Henry. Não quero problema pro meu lado.

- Tudo bem então, combinado. - ouvi um pi e a ligação se encerrou. -

- Me caçando? E desde quando não estão? - ri soprado - Esse Caleb é um medroso mesmo. Esses idiotas, todos eles, não passam de uns fracos! Todos fracos! - Henry riu -

P.O.V's Adryan Connor (Point Of View's Adryan Connor)

Ri junto com Henry. Ele estava tão convencido de ser o melhor e mais esperto que nem notou quando eu entrei e escutei toda a sua conversa. Sai de fininho da sala e coloquei um lembrete no celular para não me esquecer desse evento tão importante.

Fui até minha sala passando pelos diversos corredores o mais rápido possível tentando não chamar a atenção de ninguém.

Abri a porta e a tranquei. Deixei meu celular em cima da mesa e peguei uma pequena chave que estava dentro de uma de minhas gavetas. Fui até o armário, o abri e destranquei o pequeno cofre que havia dentro dele com a chave que havia acabado de pegar. Avistei minha câmera e os acessórios dela. Estendi minhas mãos e a segurei com todo o cuidado. Retirei o cartão de memória da câmera e o coloquei em meu notebook, analisei e editei todo o material sobre o hospício que eu tinha. As entrevistas com os pacientes, o contrato que haviam me forçado a assinar, hematomas em minha pele e nas dos pacientes e algumas cenas que acabei, sem querer, conseguindo gravar algumas torturas ou conversar assustadoras sobre como torturavam seus pacientes.
Juntei todos os vídeos em um uma pasta e passei para um pendrive.

Fechei as páginas abertas e exclui tudo assim que ouvi batidas na minha porta. Levantei e destranquei a mesma, dando de cara com uma enfermeira.

- Só passei para lembrar dos seus afazeres. Tem uma consulta com a Megan daqui a pouco, ela está muito agitada nesses últimos dias. Deve estar assustada com esses assassinatos ou sei lá o que. - a mulher falou num tom firme e bem audível e em seguida sorriu para mim. A enfermeira se dirigiu para frente e começou a caminhar até desaparecer no vasto corredor -

Voltei para dentro da sala e organizei todos os materiais, guardando tudo com o máximo cuidado em seu devido lugar. E em seguida fui ver Megan.

Quebra de tempo...

Meu dia se passou sem mais aventuras ou preocupações. Fiquei aliviado de tudo dar tão certo, bom, na medida do possível.
Sai do maldito lugar e me sentei no meu carro. Respirei fundo pensando sobre o que iria fazer em algumas horas e sobre o efeito que isso teria em minha vida.

Obviamente eu quero ajudar a todos, é o que eu mais quero. Mas... Eu preciso morrer pra isso? Me sacrificar para salvar pessoas que podem nem ter um futuro?

Perguntas como essas rondavam minha mente mas fui interrompido do meu transe por James, que fez um barulho muito alto ao bater a porta de seu carro para fechá-la.

Soltei o ar que percebi ter segurado por algum tempo e liguei o carro. Dei a partida e dirigi até a minha casa, focando na estrada e tentando tirar aqueles pensamentos ruins da cabeça.

Quando finalmente cheguei, tomei um banho e fiquei apenas de toalha pela casa. Olhei ao redor e suspirei, determinado.

- Eu vou fazer isso. Prometi a eles, prometi à todos eles e eles confiam em mim. Depois de ter matado Shumi, é o mínimo que posso fazer pra me redimir. - sorri para mim mesmo e me joguei na cama, adormecendo logo em seguida. -

The Madhouse (O Hospício)Where stories live. Discover now